O MpD classificou hoje o chumbo do orçamento municipal para 2024 como uma tentativa de estancar o processo de desenvolvimento da ilha, representando um “duro golpe” nas expectativas da juventude que clamam por oportunidades de emprego.
O secretário-geral do MpD (partido que lidera a gestão camarária em São Vicente), Luís Carlos Silva, em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, disse que este posicionamento adoptado pelo PAICV e UCID demonstra, uma vez mais, a obstrução “intencionada, pensada e articulada” do desenvolvimento da ilha.
Segundo referiu, a oposição insiste em colocar São Vicente como refém de um “bloqueio político” que prejudica na sua evolução, alertando, no entanto, que a ilha integra um dos pilares centrais da estratégia definida pelo País com especial relevância “cultural, económica e política”, que, por isso, merece ser valorizada e apoiada.
“Os desafios que a ilha enfrenta, bem como a situação sócia-económica da mesma, as expectativas da juventude na ilha, mas sobretudo pelos sinais positivos que temos verificado com a aceleração dos investimentos privados e públicos, São Vicente merecia uma atitude mais comprometida com os seus objetivos”, destacou, exortando à actuação responsável e comprometida dos restantes eleitos.
Para Luís Carlos Silva, se por um lado a oposição tem o dever de fiscalizar, tem também, sobretudo, a obrigação de apresentar propostas alternativas e construtivas, em vez de simplesmente, repudiou, bloquear o plano que deverá melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
“Apelamos à oposição para que reconsidere a sua postura e se junte a nós no compromisso de servir São Vicente e Cabo Verde. Devemos deixar de lado as diferenças partidárias em prol do bem comum. São Vicente merece um Governo e uma oposição que trabalhem juntos para o seu desenvolvimento e prosperidade” avançou, garantindo que estão abertos ao diálogo e a encontrar soluções que beneficiem neste processo.
“Esta não é a primeira vez que vemos a oposição a agir de forma irresponsável, colocando os interesses partidários acima dos interesses da população que servimos”, disse.
As bancadas da UCID e do PAICV na assembleia São Vicente chumbaram o plano de actividades e orçamento 2024, com 11 votos contra, nove a favor, e uma abstenção, levando o município a continuar em regime de duodécimos em 2024.
Os mesmos justificaram a decisão porque o instrumento tinha “dados controversos” e “discrepâncias” enquanto para MpD foi um “voto de bloqueio”.
Na opinião do PAICV, São Vicente é uma ilha que precisa ser projectada para o futuro, lembrando que “a câmara está altamente endividada e está a comprometer a juventude”.
Já na visão da UCID, o orçamento é o “mais do mesmo, sem ambição, sem estratégia, sem visão, sem ousadia e uma cópia” de todos os outros orçamentos analisados.
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