O primeiro-ministro destacou hoje no Japão que a agricultura e a economia azul constituem prioridades estratégicas para desenvolvimento sustentável do país para enfrentar desafios da insegurança alimentar, diversificação económica e aumento do comércio regional e internacional.
Ulisses Correia e Silva participa na 9.ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD), que decorre esta semana em Yokohama, no Japão.
“Com tecnologias, investigação e conhecimento adequados, devemos produzir agricultura. Se chover, agradecemos a Deus; se não chover, utilizamos outras fontes de água para a agricultura. Este é o nosso propósito”, declarou Correia e Silva.
A mesma fonte realçou que a produção agrícola é essencial para reduzir a insegurança alimentar, diminuir as importações e reforçar a coesão territorial.
Durante seu discurso, o chefe do Governo sublinhou que Cabo Verde, tal como outros países africanos, sofre com secas severas, mas dispõe de um vasto território marítimo.
Diante dessa realidade, reforçou o compromisso em investir na dessalinização da água, na reutilização de resíduos e águas residuais e na generalização da irrigação gota-a-gota para uso agrícola.
Segundo afirmou, o país está igualmente a apostar no fortalecimento do nexo água/energia renovável, com o objectivo de reduzir os custos da produção de água dessalinizada.
Ulisses Correia e Silva apontou ainda o mar como fonte de recursos estratégicos para o desenvolvimento do turismo, da pesca, da aquicultura, da biotecnologia e do transbordo.
Lembrou que grande parte do emprego, dos rendimentos e das exportações nacionais provêm da economia azul e do turismo de sol e praia.
A investigação, o desenvolvimento científico, a qualificação profissional e a promoção do empreendedorismo ligado à economia azul estão, segundo disse, no centro das prioridades nacionais.
Tanto na agricultura como na economia azul, acrescentou, abrem-se oportunidades para o investimento privado, apoiadas por ecossistemas que incentivam a inovação e a produtividade.
Por fim, o primeiro-ministro destacou o Japão como um parceiro estratégico para impulsionar o crescimento sustentável das economias africanas, pela sua experiência em conhecimento, tecnologia e cooperação pragmática, defendendo que essa parceria permitirá uma utilização mais rentável dos vastos recursos naturais de África.
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