PAICV “aberto” para negociar aumento o limite do tecto da dívida interna
Política

PAICV “aberto” para negociar aumento o limite do tecto da dívida interna

O PAICV mostrou-se aberto para discutir com o Governo o aumento do limite do tecto da dívida interna como um factor condicionante do aumento do IVA e para a construção de entendimentos que sirvam os interesses do País.

Esta posição foi manifestada hoje aos jornalista pelo presidente interino do Partido Africano da Independencia de Cabo Verde (PAICV – oposição), Rui Semedo, no fim de uma audiência com o com o Presidente da República (PR), José Maria Neves, sobre a situação económica e social do país e o Orçamento Geral do Estado para o ano económico 2022.

Conforme o presidente interino do PAICV, o partido manifestou ao PR abertura para um diálogo profundo que exige ao Governo todas as informações do quadro orçamental, sobre a dívida, sobre os dossiers importantes, como transportes e outros que estão em cima da mesa, assim como as propostas que tem e os compromissos que quer assumir para poder colaborar na melhor solução.

Neste aspecto, sublinhou que o aumento do IVA é uma das questões que o executivo deverá dizer claramente aos sujeitos e aos partidos políticos o que é que está na sua origem, para se saber se se justifica ou não.

“Teríamos ouvido alguém do Governo e também da maioria a dizer que se se aumentar o limite do tecto da dívida, eventualmente poder-se-ia não aumentar o IVA. Estamos abertos para discutir se é isso que está em causa ou se há outras questões que estarão por detrás desta decisão. O que podemos garantir é a nossa total abertura para o diálogo e para a construção de entendimentos que sirvam os interesses do país”, assegurou.

Por enquanto, prosseguiu, não se trata de uma questão de votar ou não favoravelmente, mas sim o percurso a se fazer até a votação do OE 2022.

Esse percurso, conforme referiu, é o diálogo, a negociação e os compromissos.

Rui Semedo destacou que o Governo, a maioria, a oposição e a sociedade de uma maneira geral têm de enfrentar a actual situação do país e encontrar a melhor situação que sirva os seus interesses.

“Neste aspecto, registamos com satisfação esta preocupação do mais alto magistrado da Nação. Em segundo lugar, o PAICV tem e manifestou ao PR abertura para o diálogo”.

“Há uma abertura muito grande do PAICV ao diálogo e a construção de soluções que melhor nos sirvam neste momento, que é seguramente um momento difícil em que a população enfrenta situações complicadas, em que o Governo tem de encontrar as respostas mais adequadas para enfrentar a crise e para encontrar também resposta para amortecer os efeitos de crise na população e nas famílias particularmente”, frisou.

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