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Mandatário de Luis Pires reage a Rui Semedo. “Os deputados não são pedras nem vigas. As coisas impostas nunca funcionam”
Política

Mandatário de Luis Pires reage a Rui Semedo. “Os deputados não são pedras nem vigas. As coisas impostas nunca funcionam”

O deputado Carlos Tavares, mandatário da candidatura rejeitada de Luis Pires à liderança do Grupo Parlamentar do PAICV e líder do partido em Santiago Sul, defende que “os deputados não são pedras nem vigas, e devem merecer alguma consideração e respeito. Nesse processo não creio ser melhor caminho o Presidente do partido colocar culpas noutras pessoas mormente na anterior lider Janira Hopffer Almada, e nessa parte as declarações foram infelizes”.

Num texto no facebook a reagir ao artigo de Fábio Vieira, presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, publicado por Santiago Magazine e partilhado nas redes sociais, Tavares considerou que o presidente do PAICV “pecou na arte de politica de mobilizar e agregar”, quando “não ouviu nenhum deputado” antes de levar a proposta de Démis Lobo para a CPN. “As coisas impostas nunca funcionam”, reforçou o deputado e presidente da Comissão Política Regional do PAICV em Santiago Sul, adensando o clima de crispação e o avolumar da crise no seio do partido tambarina.

A seu ver, “é de bom senso e ponderação e de boas práticas democráticas que se ausculte previamente os deputados, e são eles que votam nesse caso, o que infelizmente não aconteceu e isso teve os seus reflexos”, escreveu, depois de considerar que “a eleição num Grupo parlamentar é uma eleição cujo lider sai dentro desse Grupo. E sendo uma proposta para votação, a vontade deve ser coletivamente construida, com dialogo e aproximações”. 

“O PAICV tem pessoas, bons quadros, bons politicos, gente de enorme qualidade com boa formação técnica e politica. Por isso é normal que haja interessados em ser eleitos para darem a sua contribuição. É enriquecedor, sinal de vitalidade democrática ter 1 ou mais alternativas que melhor representem as expectativas do Grupo Parlamentar, dos militantes e dos caboverdianos”, observou Carlos Tavares, que finalizou a sua reação ao artigo de Fábio Vieira afirmando que “um lider pode fugir de tudo menos da responsabilidade final”, frase que pode levar a diversas interpretações.

Esta manhã, o presidente do PAICV, Rui Semedo acusou a anterior presidente do partido, Janira Hopffer Almada, de estar por detrás da campanha no seio do Grupo Parlamentar que resultou no chumbo do nome de Démis Lobo, proposto pela Comissão política, para substituir João Baptista Pereira, na liderança da bancada parlamentar.

E Fábio Vieira, autarca dos Mosteiros opinou nestes termos: “O chumbo da proposta da Comissão Política para a liderança da Bancada parlamentar do PAICV representa, a meu ver, por um lado, a vitória de uma casta que capturou e transformou o PAICV em outra coisa e muito menos partido político, deteriorando os princípios e valores fundacionais, golpeando os estatutos e ferindo a lealdade política que sempre norteou a construção de consensos no seio do nosso partido. E, por outro, uma grande derrota para o partido e, sobretudo, à sua atual liderança."

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