O coordenador do MpD no Maio, Adilson Cardoso, apontou hoje aquilo que considera “despreparo e má-fé” da actual equipa camarária na gestão pública, em resposta às afirmações do edil sobre a alegada falência técnica da câmara municipal.
Em declarações à imprensa, o MpD apontou contradições nas afirmações do edil Rely Brito ao destacar que, em menos de um mês de mandato, efectuou contratações de pessoas sem avaliar os impactos económicos.
“Como o presidente pode falar em falência técnica, se ele próprio, com menos de um mês de mandato, teve a habilidade de proceder a duas contratações para o sector do saneamento, duas nomeações para o seu gabinete, com a agravante de que os contratados e nomeados não serão quadros da câmara municipal, sem analisar o impacto que estas contratações duvidosas podem ter no orçamento municipal”, apontou Adilson Cardoso.
Ainda, a mesma fonte destacou que a equipa camarária cessante deixou uma câmara com “boas reputações” junto das entidades financeiras, o que, como avançou, permitiu à actual equipa estar no momento a negociar um avultado empréstimo financeiro.
Adilson Cardoso mencionou, também, que a equipa de Rely Brito herdou o projecto de saneamento CITRES, de mais de 400 mil contos, mobilizado junto dos organismos internacionais pela equipa cessante e que espera que a actual “esteja à altura de dar seguimento à extraordinária herança”.
“Isto é falência ou resultado de boa governação? O argumento de falência técnica demonstra claramente que estamos perante uma câmara sem mínimas noções de gestão pública autárquica”, considerou.
Em relação ao pedido de subsídio de reintegração solicitado pela equipa cessante, o coordenador do MpD no Maio garantiu que foi solicitado conforme manda a lei e que, apesar de ainda não se conhecer a resposta da actual equipa, acredita que a atribuição do subsídio não coloca em causa o pagamento de salários dos funcionários.
Ainda, em resposta às acusações de “passagem figurativa de pastas” e da inexistência de arquivos digitais, Adilson Cardoso afirmou que a transição decorreu na “normalidade e cordialidade” e que a vinda a público do actual presidente da edilidade demonstra “falta de postura e de carácter político” em uma tentativa de “manchar e denegrir a imagem dos que deram o melhor de si na gestão da ilha nos últimos oito anos”.
Vale recordar que na passada sexta-feira o actual presidente da Câmara Municipal do Maio afirmou que a edilidade está em falência técnica, com dívidas a ultrapassar os 40 mil contos, resultando em obras paralisadas.
Comentários
analista social, 23 de Jan de 2025
O MPD deve rever o seu modo de atuação a nível procedimentos e condutas dos Ex-Autarcas, pois, agora está-se a tornar moda o solicitar de imediato o tal subsídio de reintegração, certo que tal tem o respaldo legal, mas existe momento oportuno e adequado para fazer este pedido. Mesmo por uma questões de princípios éticos e deontológicos. Já assistimos caso que chegam até a pôr em causa o próprio salários dos funcionários, sendo estes antes das eleições eram seus subordinados.
analista social, 23 de Jan de 2025
Nos dias de hoje é muito falado, cantado, venerado a questão da Liberdade e Democracia em C V. Mas, não assistimos nenhuma alteração ou tentativa de ações preventivas à nossa Democracia. Pois, bem a Democracia não quo-aduna e nem se alinha com a falta de responsabilização, nos dias de hoje é inconcebíveis um líder ou um gestor da coisa pública não ser responsabilizado, mesmo nos casos em que existem fortes indícios de gestão danosa e ninguém é responsabilizado, porque será?Responder
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Casimiro centeio, 22 de Jan de 2025
Mpd é mesmo assim, como o temporal, por onde passa, se não levar o pilão, levará o balaio. Depois virá acusar a bonança! A desgovernação do Mpd , não é só no Maio, é UNIVERSAL ! É o "desgoverno global".
Párem com esse blá-blá-blá de "desespero e má -fé". Esse grunhido insosso é próprio dos manhosos!
Tenho dito.
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