O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, revelou à imprensa que recebeu hoje uma carta da ministra das Infraestruturas, do Ordenamento do Território e Habitação, dizendo que não vai haver dinheiro do PRRA para a autarquia.
A informação foi dada na sequência de uma conferência de imprensa, para reagir à decisão da não admissão, pelo Tribunal Constitucional, do recurso sobre a nomeação da secretária municipal e às declarações do Movimento para a Democracia (MpD – poder), neste âmbito, que responsabilizou a gestão da câmara municipal, liderada por Francisco Carvalho, de ter vindo a praticar actos ilegais.
“Eu acho que é hora de pedirem os vossos votos”, apelou Francisco Carvalho, afirmando que o Governo do MpD tem cortado todos os financiamentos para a câmara da Praia.
O autarca avançou, a título de exemplo, que acabou de receber uma carta da ministra das Infraestruturas a dizer que em relação ao dinheiro do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidade (PRRA) que é melhor “esquecerem” porque não vai haver para financiar obras na Praia.
Francisco Carvalho classificou esta estratégia de ser “reveladora” para a essência de um MpD “antidemocrático, que nega os resultados saídos das urnas e que “está desesperadamente a ver se consegue um favor na secretaria em relação à câmara da Praia”.
Para Francisco Carvalho o Governo eleito já abandonou o país, porque está “obcecado” com a câmara da Praia, a dizer em todos os lados que “vão vencer as próximas autárquicas na Praia.
“Sondagens tem resultados desastrosos para o MpD aqui na Praia, que já entrou em pânico”, afirmou, considerando que o executivo está a tentar, por isso, “sufocar a autarquia, colocando todas as baterias contra”.
Mas, advertiu, continuarão a funcionar, a produzir, a trabalhar e a crescer.
Francisco Carvalho acusou a câmara anterior de ter tomado o dinheiro para asfaltagem da Cidadela e até agora, segundo disse, este bairro não tem asfalto devido a “actos de corrupção”, justificando que o dinheiro foi desviado.
O presidente da Câmara lembrou também que os resultados dos relatórios dos Fundos do Ambiente e do Turismo revelaram “práticas danosas e de corrupção” que a gestão do MpD fez na câmara, mas, assegurou, mesmo com todo o “barulho” que tem feito em nenhum momento podem acusar a autarquia praiense de corrupção.
“Quando eu vejo os dois relatórios apresentados e no âmbito do qual nós temos situações de corrupção, eu vejo o país em silêncio, a própria comunicação social em silêncio, eu vejo os intelectuais deste país em silêncio, as instituições da República em silêncio, eu fico verdadeiramente preocupado”,
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