
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva disse hoje que a classificação de Cabo Verde entre os melhores 50 a nível mundial e o país africano mais bem preparado para enfrentar o crime organizado, no Índice Global de Crime Organizado, da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional é incentivo para se continuar a melhorar ainda mais.
“Cabo Verde e as suas instituições gozam hoje de prestígio internacional, reconhecido por inúmeras autoridades e entidades independentes. Este é um facto inegável que é confirmado pelas sucessivas classificações favoráveis que o País tem estado a conquistar nos principais rankings globais”, disse o governante durante o acto de apresentação, na cidade da Praia, do referido relatório.
Para Ulisses Correia e Silva, a classificação “muito positiva” que Cabo Verde teve reforça a condição do como os dos 50 países do mundo mais eficazes no combate ao crime organizado, confirma e renova a avaliação positiva que havia sido feita em 2019, há uma consistência relativamente a esta avaliação.
“A par do Botswana, das Maurícias, do Ruanda e do Senegal, Cabo Verde classifica como um dos cinco países africanos que integram este ranking que elege e distingue os países que registam baixos níveis de criminalidade organizada e que ao mesmo tempo revelam fortes indicadores de resiliência do Estado e das suas instituições”, disse.
Nas suas declarações, o primeiro-ministro, em nome do Governo, congratulou-se por este posicionamento de Cabo Verde no ranking, definindo esta classificação e posicionamento como um incentivo para melhorarmos ainda mais.
“Temos que continuar a melhorar a posição do país, quer do ponto de vista da qualidade das instituições, falar da Justiça, das forças de segurança, policiais (…) a segurança a estabilidade e a credibilidade são os activos mais importantes do país, devem por isso ser protegidos, cuidados e aprimorados com prioridade absoluta”, defendeu.
Cabo Verde atingiu 6,33 pontos (numa escala entre um e dez), liderando o continente neste aspecto.
Entre os parâmetros considerados, o arquipélago destaca-se nos campos da cooperação internacional (8,5), da integridade territorial (7,5), das políticas e leis nacionais, do sistema judicial e detenção e da acção de agentes não-estatais (os três com 7,0 pontos).
Quanto aos restantes países africanos de língua oficial portuguesa, São Tomé e Príncipe totaliza 4,92 pontos (13.º lugar entre os 54 Estados africanos), Angola alcança os 4,42 pontos (19.º), Moçambique soma 3,29 pontos (32.º), Guiné-Bissau contabiliza 2,42 pontos (44.º) e a Guiné Equatorial, o último lusófono do 'ranking' (49.º), obteve 2,17 pontos.
Assim, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola são os únicos PALOP a estar acima da média continental no campo da resiliência ao crime organizado, que em 2020 se situou nos 3,8 pontos.
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