
Tito Gomes Fernandes foi detido com cinco milhões de dólares em sua posse, na madrugada de domingo e libertado porque o Código Penal Português estipula que crimes, cuja pena seja inferior a cinco anos, não exigem a apresentação do suspeito a um juiz de instrução. O crime principal é o de contrabando de dinheiro, tendo-lhe sido decretada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência, mas mantém-se sob investigação.
Detido no Aeroporto de Figo Maduro no último domingo pela Polícia Judiciária (PJ) portuguesa, o “braço direito” do ex-presidente guineenses, Tito Gomes Fernandes (na foto), viajava num jato privado com a mulher de Umaro Sissoco Embaló, Dinisia Reis Embaló, e foram-lhe apreendidos cerca de cinco milhões de euros que, o agora arguido, transportava em malas.
Pesem os vídeos diretos que publicou nas redes sociais, alegando que não estava detido, não subsistem quaisquer dúvidas. Fontes da investigação contactadas pela RDP África são perentórias: Tito Gomes Fernandes esteve detido, sendo suspeito da prática dos crimes de contrabando de dinheiro e de branqueamento de capitais, apreendidos na aeronave onde também viajava, para além da ex-primeira-dama, uma prima desta, Miriam Lopes dos Reis.
Tito foi libertado porque o Código Penal português estipula que crimes, cuja pena seja inferior a cinco anos, não exigem a apresentação do suspeito a um juiz de instrução.
Sendo que o crime principal é de contrabando de dinheiro, foi-lhe decretada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR).
Investigação prossegue
De todo o modo, a investigação prossegue, havendo a convicção da PJ de que o casal Embaló (na foto) pretenderia pedir asilo político em Portugal, pelo que o “braço direito”, a mulher de Sissoco e a prima da ex-primeira-dama teriam viajado primeiro, transportando já o dinheiro para garantir um exílio dourado naquele país. E o ex-presidente guineense iria para Lisboa posteriormente, juntando-se à mulher.
C/RDP África
Foto: Captura de imagem/Facebook
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