Páscoa sangrenta no Sri Lanka. 187 mortos em oito explosões a igrejas e hotéis
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Páscoa sangrenta no Sri Lanka. 187 mortos em oito explosões a igrejas e hotéis

Pelo menos 187 pessoas morreram e mais de 469 ficaram feridas este domingo depois de registadas oito explosões em quatro hotéis, um complexo residencial e três igrejas no Sri Lanka. 

 

O número de mortes ascende agora a 187, afirmou o porta-voz da polícia do Sri Lanka, Ruwan Gunasekara, enquanto várias fontes hospitalares, citadas pela agência espanhola EFE, apontam o número de feridos para 469.Um novo balanço da série de explosões que ocorreram hoje no Sri Lanka aponta para 156 mortos, entre os quais 35 estrangeiros, sendo um português, anunciou fonte policial.

Após as oito explosões, o Governo decretou o Estado de Emergência e a polícia impôs o recolher obrigatório com efeito imediato perante o perigo de novos ataques. As primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08:45 (03:15 em Portugal), em três hotéis de luxo e uma igreja em Colombo, outra em Katana, a oeste do país e a terceira em Batticaloa, a este da ilha, explicou Gunasekara.

A sétima detonação, que provocou duas mortes, registou-se horas mais tarde num pequeno hotel situado a cerca de 100 metros do jardim zoológico de Dehiwala, um subúrbio a uma dezena de quilómetros do centro de Colombo. Já a oitava e última explosão, até ao momento, teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda, também na capital, sem que as autoridades tenham revelado mais detalhes para já.

Para já, ninguém reclamou a autoria dos ataques coordenados, sendo que as autoridades estão empenhadas em prestar atenção especial à eventual difusão de notícias falsas que possam gerar confusão ou atos de represália contra algum grupo étnico ou religioso.

A capital, Colombo, foi alvo de pelo menos quatro explosões, em três hotéis de luxo e uma igreja. Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra ao leste do país.
As explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08:45 (03:15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais.

Os hotéis de luxo onde se registaram as explosões são o Kingsbury Hotel, o Shangri-La e o Cinnamon Grand Colombo, todos na capital. "Por favor, permaneçam calmos e não sejais enganados por rumores", pediu Sirisena numa mensagem à nação, num país onde os confrontos têm sido frequentes no passado em reação a eventos violentos.

O Ministério da Educação anunciou o encerramento de todas as escolas do país na segunda e terça-feira. Também o primeiro ministro do país, Ranil Wickremesinghe, liderou uma reunião ade emergência com altos cargos das forças de segurança e outros membros do Governo, entre eles o ministro para as Reformas Económicas e a Distribuição Pública, Harsha de Silva, que deu detalhes do encontro na rede social Twitter.

Imagens difundidas pelos meios de comunicação locais mostram a magnitude da explosão pelo menos em uma das igrejas, com o teto do templo semidestruído, escombros e corpos espalhados enquanto muitas pessoas os tentam socorrer. Os fiéis católicos celebram hoje o Domingo de Ressurreição, o dia mais importante entre os rituais da Semana Santa.

"Por favor, permaneçam calmos e não sejais enganados por rumores", pediu Sirisena numa mensagem à nação, num país onde os confrontos têm sido frequentes no passado em reação a eventos violentos. O presidente mostrava-se "em choque" e triste com o sucedido, esclarecendo que "investigações estão em andamento para descobrir que tipo de conspiração está por detrás destes atos cruéis".

Ataques contra minorias religiosas na ilha têm sido habituais no passado, o último em 2018, quando o Governo teve de declarar estado de emergência após confrontos entre muçulmanos e budistas cingaleses com dois mortos e dezenas de detidos.

No Sri Lanka a população cristã representa 7%, enquanto os budistas rondam 67%, os hindus são 15% e os muçulmanos 11%.
Atentados desta magnitude não tinham tido lugar no Sri Lanka desde a guerra civil entre a guerrilha tâmil e o Governo, um conflito que durou 26 anos e terminou em 2009, e que deixou, de acordo com dados da ONU mais de 40.000 civis mortos.

Com Expresso.pt

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