“Apagões”: Ministro que se comprometeu com data, diz agora que já não se compromete
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“Apagões”: Ministro que se comprometeu com data, diz agora que já não se compromete

Em conferência de imprensa dada nesta sexta-feira, o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, disse textualmente: “Não nos comprometemos com datas”.

Recordamos que se trata da mesma pessoa que, em 04 de setembro, havia garantido que a normalidade seria retomada na semana seguinte… Com esta declaração, o ministro desmente o administrador executivo da EDEC, Osvaldino Silva, que em declarações à TCV prometeu o regresso à normalidade na próxima semana.

As versões oficiais sucedem-se em catadupa, primando inclusive por contradições. As afirmações do ministro Alexandre Monteiro, ao assumir que não se compromete com datas, porque se está a falar de “máquinas que exigem cautelas em termos de fixação de datas”, são o contrário do que havia dito o administrador executivo da EDEC. E não é a primeira vez que o ministro vem contradizer declarações de responsáveis, já o havia feito com o PCA do grupo Electra, Luís Teixeira.

A única garantia dada por Alexandre Monteiro é que o seu ministério está a trabalhar para “apoiar a empresa de eletricidade para recuperar no mais curto prazo a normalidade do fornecimento”. E aproveitou para, em nome do Governo reiterar “sinceras desculpas pelo incómodo causado”.

Governo solicitou “investigação técnica independente”

O ministro da Indústria, Comércio e Energia avançou, ainda, que o Governo solicitou “investigação técnica independente” para apurar as causas das sucessivas avarias, asseverando que “em princípio, em menos de duas semanas é possível tratar e ter informações sobre os factos”. 

Pese a gravidade da situação, que afeta as famílias e as empresas na capital do país, Alexandre Monteiro diz que “não há retrocesso” no fornecimento de energia, apenas “um quadro temporário de crise” e que, como havia afirmado logo no início deste mês, devia ter sido resolvido com o regresso à “normalidade”. No entanto, o ministro alega que são “imprevistos que acontecem”.

Quem se mantém em silêncio, apesar de todos os agentes políticos já se terem pronunciado sobre esta crise energética (incluindo o presidente da República), é o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

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Redação

    Comentários

    • Casimiro Centeio, 26 de Set de 2025

      Movimento de caranguejo ! Dá -se mais para atrás do que para a frente!

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