Economia

Segundo o administrador executivo da EDEC (a empresa responsável pela distribuição de energia), o problema deve-se a novas avarias registadas nos grupos de produção da EPEC (empresa responsável pela produção de energia). Osvaldino Silva promete que a empresa colocará em funcionamento um novo grupo, dentro de uma semana.

A crise energética, sem precedentes, afeta a cidade da Praia há um mês a esta parte, com os cortes de eletricidade chegando a durar mais de 12 horas, afetando famílias, negócios e serviços essenciais.

Segundo Osvaldino Silva, após a chegada das peças, a situação estaria em vias de ser resolvida no passado domingo, porém, nova avaria tem deixado grande parte da cidade sem luz, principalmente durante as horas de maior consumo de energia.

“O volume com a peça para essa avaria chegou ao país na noite de sábado, 20 de setembro, as nossas equipas técnicas trabalharam incansavelmente durante aquela madrugada e, após a colocação da peça e resolução daquela avaria (…), o grupo foi colocado em funcionamento com sucesso”, disse O administrador executivo.

No entanto, ainda segundo avançou Osvaldino Silva, o problema está relacionado com o aquecimento excessivo de um dos grupos de produção, o que exige a aquisição de novas peças e intervenção dos técnicos do fabricante.

“Aconteceu uma nova avaria, que não tem nenhuma ligação com a avaria anterior, desta vez com o aquecimento de alta temperatura. Nós começamos até por volta das duas horas da madrugada [de domingo] para desmontagem do cilindro e constatamos, efetivamente, essa avaria no grupo, que exige novas peças”, salientou o administrador executivo, adiantando: “somos obrigados a trabalhar com os três grupos de maior potência disponível, neste momento na central”.

Portanto, os apagões são para continuar, sobretudo nos períodos de maior consumo, entre quatro a cinco horas, nas diversas zonas da cidade da Praia.

Olavo mandou comprar gerador

Entretanto, fonte do Santiago Magazine garantiu que o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças terá mandado comprar um gerador novo que, segundo a informação, entre a concretização da compra e o transporte por via marítima, poderá levar três meses até chegar à cidade da Praia e ser instalado.

A verdade é que, segundo uma outra fonte da própria EPEC, os geradores já haviam dado sinais de saturação, mas a empresa nada fez, mesmo sabendo que o reforço da maquinaria deveria ser efetuado de cinco em cinco anos.

A solução encontrada pela empresa, traduziu-se em tapar o problema com a substituição, o que, como se vê, não surtiu qualquer efeito, com a Praia a sofrer cortes consecutivos e diários de energia elétrica, com grandes prejuízos para as pessoas e para a economia, naquele que é o maior centro urbano de Cabo Verde e capital do país.

C/TCV
Foto: Captura de imagem