Volume de negócios dos serviços em Cabo Verde cresce 26,1% no terceiro trimestre
Economia

Volume de negócios dos serviços em Cabo Verde cresce 26,1% no terceiro trimestre

O índice de volume de negócios no setor dos serviços não financeiros cabo-verdiano cresceu 26,1% no terceiro trimestre de 2020, face ao anterior, mas em termos homólogos caiu para quase metade, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o relatório trimestral sobre os Indicadores de Atividade do Setor dos Serviços – que excluiu serviços financeiros e seguros -, do INE, consultado hoje pela Lusa, apesar da recuperação face ao segundo trimestre, marcado pelo confinamento geral e paragem de empresas, devido à pandemia de covid-19, este indicador caiu 41,9% face ao terceiro trimestre 2019. Ainda assim, com este registo, o índice de volume de negócios recuperou 8,5 pontos percentuais face ao observado no trimestre anterior que também tinha registado uma quebra homóloga de 50,6%.

De julho a setembro, o indicador do INE analisou as secções de comércio por grosso e a retalho (-25,9%), da reparação de veículos automóveis e motociclos, transportes e armazenagem (-64,7%), e de alojamento e restauração (-92,7%), que apresentaram os “contributos mais relevantes para a variação do índice agregado”.

O estudo do INE refere ainda que os índices de emprego a tempo integral e total registaram variações homólogas, face ao terceiro trimestre de 2019, de -17,3% e -16,9%, respetivamente.

O relatório trimestral Indicadores de Atividade do Setor Serviços (IASS) é um indicador que visa proporcionar indicadores de evolução a curto prazo em termos nominais, sobre preços correntes da atividade das empresas do setor dos serviços mercantis não financeiros em volume de negócios, emprego e remunerações.

No segundo trimestre do ano, a economia cabo-verdiana foi fortemente afetada por quase dois meses de estado de emergência, diferenciado por ilhas, para conter a progressão da pandemia, que levou ao encerramento generalizado das empresas e ao confinamento da população, tendo iniciado a recuperação no trimestre seguinte.

Contudo, o turismo, que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB), continua praticamente sem atividade, ainda a recuperar do encerramento do arquipélago a voos internacionais de março a outubro, o que agravou a crise económica que o país atravessa.

Com Lusa

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