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OE’2023 prevê um milhão de contos para injeção na TACV, confirma o ministro
Economia

OE’2023 prevê um milhão de contos para injeção na TACV, confirma o ministro

O ministro do Turismo e dos Transportes confirmou hoje que, à semelhança do que aconteceu em 2022, o Governo vai em 2023 injetar mais um milhão de contos na TACV, para o restabelecimento da companhia até à sua privatização.

“Aprovamos um plano de estabilização em Dezembro de 2021 estamos a dar continuidade à sua aplicação no meio de toda esta tormenta das crises e de todas as prioridades que o Governo tem, mesmo assim nós estamos a disponibilizar verbas para continuar a estabilizar a companhia”, disse Carlos Santos ao falar da rubrica transportes no Orçamento de Estado.

“Muito recentemente aprovamos uma verba de uma milhão de contos para 2022. queremos fazê-lo em 2023 e 2024 até a reprivatização da empresa, que é um desiderato, é um objetivo que queremos perseguir”, explicou o governante.

O ministro garantiu que o Governo vai continuar a fazer este trabalho para à semelhança do que acontece em todo mundo, proteger e salvar a companhia de bandeira depois desta situação que houve com a pandemia da covid-19 e também por entender que a TACV é uma peça essencial no processo de desenvolvimento do país e no processo de implementação do conceito de país plataforma.

A declaração e o anúncio do ministro Carlos Santos mereceu uma pronta reação do líder da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), João Baptista Pereira, que considerou pouco sério o Governo estar a justificar o descalabro da TACV e as sucessivas injeções de dinheiro na empresa com a pandemia de covid-19.

“Nos TACV os senhores disseram que não iam injetar um centavo. O que fizeram? Em 2018 injetaram mais de 3 milhões de contos, em 2019, mais de dois milhões fizeram a privatização que fizeram e neste momento os senhores já deram prejuízos a Cabo Verde de 7 milhões e 500 mil contos só com os TACV”, precisou João Baptista Pereira.

O deputado do principal partido da oposição falou ainda do processo da privatização, da injeção de 15 milhões de dólares para trazer o avião nas vésperas das eleições e dos custos do arresto do avião fora do quadro contratual que obrigou o Estado a pagar aos parceiros estratégicos um milhão de dólares.

“Vêm ainda neste momento falar aos cabo-verdianos que isso tudo é culpa da pandemia, da guerra na Ucrânia. Os senhores estão à vontade nesta terra porque não são fiscalizados. Os cabo-verdianos sabem que os senhores não estão a perseguir o interesse público. E isso configura desvio de poder”, disse João Baptista Pereira.

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