O novo plano já foi entregue ao Governo e pretende assegurar o serviço público dos transportes aéreos de modo a permitir que linhas domésticas consideradas deficitárias sejam também cobertas.
A Agência de Aviação Civil vai propor ao Governo um regulamento de obrigação de serviço público em matéria de ligação aéreas inter-ilhas, por forma a garantir que as linhas consideradas deficitárias sejam também cobertas.
A informação foi avançada pelo indigitado administrador executivo, Vasco Vieira, que hoje foi ouvido em sede da Comissão Especializada dos Assuntos Constitucionais Direitos Humanos, Segurança e Reforma do Estado, num processo que antecede a sua nomeação.
Durante a audição foi confrontado com questões relacionadas com as tarifas e a protecção dos consumidores, assuntos que considerou “pertinentes”, tendo em conta o monopólio que marca o mercado nacional actualmente.
Vasco Vieira, que é quadro da AAC, adiantou que a única empresa que vem fazendo as ligações inter-ilhas, no caso a Binter Cabo Verde, vem cumprindo o regulamento de preços máximos em vigor, contudo adiantou que para garantir a protecção dos consumidores outras medidas estão a ser tomadas.
“Como já tinha dito na audição, a AAC tem já em plano um regulamento que, creio, já foi enviado ao Governo, no sentido de se fazer a obrigação do serviço público para facilitar que as linhas consideradas deficitárias sejam cobertas e assim permitir que todos os cabo-verdianos tenham acesso ao transporte aéreo e garantir a coesão nacional”, disse.
Contudo salientou que é preciso também levar em conta a sustentabilidade das companhias.
Vasco Vieira foi indigitado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, para assumir o cargo de administrador executivo substituindo o actual administrador Rui Alexandre Fortes Figueiredo Soares, que pediu afastamento do cargo por razões pessoais.
Durante a audição, os deputados não demonstraram objecção à sua nomeação e caso for nomeado, como espera, promete trabalhar para o desenvolvimento do sector aeronáutico civil.
“Farei de tudo para manter a segurança operacional que nós já alcançamos, por exemplo, mantendo a categoria 1 que o Estado de Cabo Verde conseguiu, elevar a questão da segurança, da auditoria ICAO no sentido de tranquilizar as cabo-verdianos que as nossas operações cumprem com os estandartes internacionais” apontou.
Quadro da AAC, Vasco Vieira, 43 anos, é pós-graduado em direito aéreo pela Faculdade de Direito de Lisboa e em regulação pública e concorrência pelo Centro de Estudos de Direitos Públicos e Regulação da Universidade de Coimbra.
Com Inforpress
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