FMI aprova acordo de linha de crédito estendida de 60 milhões de dólares para Cabo Verde
Economia

FMI aprova acordo de linha de crédito estendida de 60 milhões de dólares para Cabo Verde

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou na quarta-feira um acordo de linha de crédito estendida de 60 milhões de dólares (57,4 milhões de euros) para Cabo Verde, com 15 milhões disponíveis para desembolso imediato.

Em comunicado, o conselho executivo do FMI informou que se trata de um acordo de linha de crédito estendida de três anos, através de direitos especiais de saque (SDR, na sigla em Inglês).

O pacote de financiamento ajudará a mitigar o impacto persistente da pandemia de covid-19 e os efeitos colaterais da guerra na Ucrânia, assim como a reduzir o défice fiscal e a preservar a sustentabilidade da dívida.

Além disso, ajudará a proteger grupos vulneráveis e a apoiar uma agenda de reformas que leve a um crescimento mais elevado e mais inclusivo, segundo explicou a entidade financeira.

"As principais ações de política no âmbito do programa incluem medidas para aumentar as receitas e melhorar a eficiência dos gastos, fortalecer as empresas estatais para mitigar os riscos fiscais, bem como medidas para continuar a modernizar o quadro de política monetária e salvaguarda a estabilidade financeira", diz a nota divulgada pelo FMI.

A aprovação deste acordo permite o desembolso imediato de 15 milhões de dólares (14,3 milhões de euros) totalmente utilizáveis para financiamento orçamentário, visando apoiar a implementação das reformas.

Este acordo segue-se ao apoio de emergência do Fundo a Cabo Verde em abril de 2020, ao abrigo da Facilidade de Crédito Rápido que correspondeu a 32,3 milhões de dólares (30,1 milhões de euros) no momento da aprovação.

A economia de Cabo Verde enfrenta desafios significativos associados aos efeitos persistentes da pandemia de covid-19, ao aumento dos preços dos alimentos e combustíveis devido à guerra na Ucrânia e ao impacto da longa seca que está em curso.

"Cabo Verde mostrou um forte histórico de compromisso com reformas e estabilidade macroeconómica antes e durante a pandemia, o que contribuiu para uma forte recuperação da economia após a recessão induzida pelo covid-19. No entanto, os efeitos colaterais da guerra na Ucrânia, os efeitos persistentes da pandemia e o impacto da seca de cinco anos em curso enfraqueceram a recuperação económica e resultaram no aumento das necessidades de financiamento", disse o subdiretor geral do FMI, Bo Li.

A estratégia-chave deste novo acordo, segundo Bo Li, concentra-se na consolidação fiscal gradual e favorável ao crescimento para colocar a dívida pública numa trajetória descendente decisiva.

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