Cabo Verde trabalha com Banco de Investimento e Desenvolvimento da CEDEAO aumento da carteira de investimentos
Economia

Cabo Verde trabalha com Banco de Investimento e Desenvolvimento da CEDEAO aumento da carteira de investimentos

Cabo Verde está a trabalhar com o Banco de Investimento e Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC) para aumentar a sua carteira de investimentos, actualmente em 10 milhões de euros, tendo definido quatro prioridades fundamentais que envolvem projectos públicos e privados.

A informação foi avançada hoje pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, em conferência de imprensa conjunta, na Cidade da Praia, para balanço da missão do BIDC, liderada pelo seu presidente George Agyekum Donkor.

Segundo Olavo Correia, que é também presidente do Conselho de Governadores do BIDC, a missão foi oportunidade para o Governo discutir com a presidência do Banco a questão do financiamento de “projectos importantes” em relação ao futuro de Cabo Verde.

De entre os projectos prioritários, o vice-primeiro-ministro destacou a criação do fundo de investimentos para promoção das micro, pequenas e médias empresas, operação, adiantou, em curso, e que o executivo cabo-verdiano quer contar com apoio do BIDC para ter “mais capital e mais fundos” para apoiar de forma “mais substantiva e crescente” esse sector.

Outro projecto apontado é o novo hospital de Cabo Verde, que será construído na Cidade da Praia, e está orçado em 7, 2 milhões de contos.

Olavo Correia sustentou que nesse contexto pandémico e de gestão da crise sanitária, para o executivo cabo-verdiano é fundamental continuar a investir na saúde e na saúde pública, indicando que a construção de um hospital de raiz, moderno e com diversas valências, para além de ir ao encontro daquilo que são necessidades da população cabo-verdiana, o que pode servir a ambição de Cabo Verde de ser uma plataforma de prestação e serviço no domínio da saúde.

“Este hospital será muito importante para Cabo Verde e para ao nosso futuro e queremos contar com o apoio do BIDC no seu financiamento”, disse, apontando ainda para a questão da conectividade entre Cabo Verde e a CEDEAO e para o financiamento de projectos na área de energias renováveis.

Olavo Correia sublinhou que o País quer impulsionar as trocas comerciais nos demais países da CEDEAO, objectivo que só será alcançado com conectividade aérea, marítima e tecnológica.

“Particularmente a conectividade marítima é fundamental para acelerarmos e dinamizarmos a trocas comerciais entre Cabo verde a CEDEAO”, lembrou o governante, para quem o BIDC tem de estar disponível para apoiar projectos que possam amplificar oportunidades no espaço da CEDEAO.

“Nós queremos que privados que cabo-verdianos em parceria com privados da CEDEAO possam apresentar projectos para permitir que linhas marítimas regulares entre Cabo Verde demais países da CEDEDAO para que possamos intensificar as trocas comerciais entre Cabo Verde e este vasto espaço da CEDEAO”, acrescentou.

O BIDC financia projectos acima dos 10 milhões de euros e vai estar presente no Cabo Verde Investment Fórum 2022, a realizar-se na ilha do Sal, nos dias 16 e 17 de Junho.

O Olavo Correia convidou os empresários cabo-verdianos a apresentarem “bons projectos e projectos bancáveis” para poderem aceder ao financiamento do BIDC.

“Há essas possibilidades e nós vamos trabalhar afincadamente com o Banco para acedermos a essas possibilidades”, concretizou.

O presidente do BIDC, George Agyekum Donkor, destacou “a robustez” da economia cabo-verdiana, realçando o crescimento do PIB em 7 por cento (%), em 2021, depois de uma recessão de mais de 14% por cento, e manifestou a disponibilidade apoiar os projectos cabo-verdianos, com visita ao desenvolvimento do País e sua “plena integração” na CEDEAO.

Conforme indicou, há um conjunto de oportunidades disponibilizadas pelo BIDC que podem ser aproveitadas pelos privados cabo-verdianos.

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