O Banco de Cabo Verde (BCV) vai prorrogar o prazo do programa de financiamento de longo prazo, através da Operação Monetária de Financiamento (OMF), para mitigar o impacto da crise suscitada pela pandemia da covid-19 na economia nacional.
Essa deliberação saiu de uma sessão ordinária do conselho de administração da instituição, realizada no dia 18 de Dezembro, que decidiu prorrogar esse financiamento por mais 12 meses, passando a vigorar até Dezembro de 2021.
O objectivo dessa medida, segundo uma nota de imprensa do BCV, é também no sentido de restaurar e reforçar a confiança dos agentes económicos, bem como estimular a retoma da actividade económica, amparado por pressões contidas na inflação e na balança de pagamentos.
A mesma fonte ressalva, no entanto, que poderá proceder à avaliação e revisão do programa, a meio do ano, podendo revisitar o prazo, em função das necessidades e da evolução da economia.
“O ajustamento do programa, considerando a experiência do primeiro pacote implementado, passando o montante de colocação mensal para 3 mil milhões de escudos, podendo atingir o montante anual de 36 mil milhões de escudos, o que representa cerca de 80,0% do stock actual da dívida pública junto da banca nacional”, explica.
Por outro lado, o BCV adverte, que não obstante a previsão de recuperação da actividade económica em 2021, continua a ser necessário fornecer liquidez ao sistema bancário, no sentido de assegurar a confiança num contexto de incerteza.
A reunião ordinária do conselho de administração do BCV aprovou um conjunto de procedimentos para a operacionalização da OMF, garantidos pelo Estado de Cabo Verde, que servem como orientação da política monetária actual nacional e internacional.
Esses procedimentos, segundo o BCV, norteiam-se, também, para o reforço da confiança dos agentes económicos na autoridade monetária como provedor de liquidez de última instância e do crédito à banca, podendo contribuir para amenizar o impacto da crise sanitária na economia nacional.
“Tais medidas de política monetária visam, essencialmente, preservar o factor “confiança” nos mercados, ao sinalizar à banca uma total disposição do banco central em ceder fundos em casos de stress ou escassez de liquidez, e reforçar a orientação da política monetária para um maior estímulo ao crédito e ao crescimento económico”, esclarece a nota do Banco Central.
Com Inforpress
Comentários