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Portugal: Movimento Olhar da Diáspora debateu poder local e segurança na cidade da Praia em diálogos com a diáspora
Diáspora

Portugal: Movimento Olhar da Diáspora debateu poder local e segurança na cidade da Praia em diálogos com a diáspora

A segurança e a estratégia do poder local estiveram este sábado, 3, em discussão no “I Ciclo de debates com a comunidade CV em Portugal”, promovido pelo Movimento Olhar da Diáspora, que aconteceu no auditório da Câmara Municipal da Amadora.

Com a presença do presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, a mesa do debate moderado por Carlos Sena Júnior, esteve constituída pela vereadora da Câmara Municipal de Cascais Carla Nunes Semedo, pelo jurista Fredilson Semedo, pela consultora Georgina Angélica, pelo vereador da Câmara Municipal da Amadora Hermenegildo Varela Carvalho e pelo professor Joaquim Vaz.

Com o tema “Uma Praia, segura – competências e estratégias do poder local”, os intervenientes concordaram que o autarca praiense louvou a iniciativa do grupo de cabo-verdianos em Portugal, uma vez que permitiu aos participantes reflectirem sobre o que, ao nível do poder local, pode ser feito para a “construção de uma Praia segura”.

“O grande desafio em matéria de segurança ao nível das câmaras municipais é haver uma interligação, uma conexão, um entendimento e um trabalho conjunto entre a câmara e o Governo, que tem todas as atribuições e instrumentos em matéria de segurança, como as polícias, os tribunais, a Procuradoria Geral da República e as prisões”, considerou.

Entretanto, Francisco Carvalho frisou que o papel da câmara é de complementaridade com aquilo que o Governo traça, mas que a Câmara Municipal da Praia (CMP) já avançou com algumas medidas, como a criação dos agentes de desenvolvimento comunitários, que “palmilham” todas os bairros.

“Têm várias atribuições, mas sublinho uma que está directamente ligada à área de segurança, que é esses agentes terem o papel de identificarem os jovens em risco, no sentido de promoverem a aproximação entre a câmara e organizações da sociedade civil e as outras entidades com responsabilidades em matéria de segurança”, indicou.

Por outro lado, o autarca explicou que o CMP lançou um edital para financiar as associações, tendo sido selecionadas 45, para um ano de actividade, e um dos compromissos que assumiram como contrapartida é acolher os jovens identificados nos bairros como estando em situação de risco, oferecendo aos mesmos actividades alternativas.

Durante o debate, tanto por parte dos oradores, como dos presentes, ficou ciente que a criminalidade está associada à delinquência juvenil, e que é necessário que todas as entidades responsáveis assumam e tentam resolver esse problema sem politizar.

Também se considerou que “o maior pilar para se conseguir combater a violência é a família” e uma intervenção precoce para prevenir a criminalidades, sem esquecer a importância do papel da escola e da educação para que não haja criminalidade.

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