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Drama dos acontecimentos e fragil equilibro da “mundialização”, que futuro para a juventude!
Colunista

Drama dos acontecimentos e fragil equilibro da “mundialização”, que futuro para a juventude!

Em todo o mundo e mais perto em África continental, os impactos em cascata da crise sanitária da pandemia do “Novo Coranavirus”; conflitos e crises climáticas estão aumentando drasticamente a “fome e a desnutrição” entre as crianças. Numeros de UNICEF afirmam que devido à pandemia, mais 100 milhões de crianças vivem na pobreza e dois terços das famílias com crianças perderam salários. O número de crianças que não recebem refeições regulares aumentou...a subida de preços dos produtos básicos alimentares de primeira necessidade, certamente piorou muito mais essa situação com raridade no acesso e ruptura de “stock” de bens alimentares...

Junho 2022, começa simbolicamente chamando a atenção de todos a olharem para o futuro. A afirmação não é metafórica, porque no primeiro dia deste mês comemorou-se o “Dia da Criança” e Cabo Verde e o mundo, transformando-se no que se transformar, pertence às crianças... A questão fundamental que devemos fazer é que mundo, estamos a preparar hoje para a geração do futuro quando se vive actualidade de incertezas e sem saber o que o amanhã nos reserva!

Cabo Verde, sobreviveu a tres anos consecutivos de seca, que nos “fragelou” intensamente e como se isso não bastasse veio a “Covid -19” que desmantelou mais ainda as cadeias de suprimentos “globais” deste pais arquipelágico práticamente sem recursos ainda dependente a mais de 80% de “importações”, situação e posição “endémica” que destaca, a vulnerabilidade cabo-verdiana, dependente de processos produtivos internacionais, que foi agravada mais ainda, com a “Guerra na Europa!”

Com o “confinamento”, a “Covid -19” desmantelou as cadeias de suprimentos globais. Isso não apenas desencadeou a inflação global, mas também destacou também nos paises mais avançados, a fragilidade de depender de processos produtivos distantes. Produzir o mais próximo possível do consumidor final, com base em nova tecnologia, apresenta-se assim como a opção desejável e oportuna, para as economias de pequenos países em desenvolvimento, (nosso caso) poderem alcançar a segurança alimentar...

Os efeitos colaterais da “Covid-19”, configuraram factores susceptiveis de arruinar a era do “económico-comercial” (globalização) que aconteceu ou materializou-se com a guerra na “Ucrania”, a força bruta que inclinou o fragil equilibro da “mundialização” para a queda total, fazendo viver o mundo inteiro uma realidade, inesperada e dramática da invazão de um país soberano inaugurando, o retorno á conquista forçada com flagrante ignorancia ou desprezo do direito internacional…

O drama dos acontecimentos actuais não deve nos fazer esquecer, porém, que o declínio da “globalização” já era um processo em curso. Passo a passo, fenômenos sucessivos erodiram sua força e destacaram sua vulnerabilidade. Entre eles estavam os de natureza econômica, política e geopolítica e, claramente, o resultado da própria pandemia e a machadada final foi a guerra na “Ucrania”... A política do poder está de volta...

Voltando para a ideia do começo desta cronica, relativamente ao “Dia Internacional da Criança”, aqui em Cabo Verde, devemos proteger mais as nossas crianças em todas as areas, dando sempre o melhor de nós mesmos, garantindo-lhes felicidades... Ouvimos em toda as “médias”, constantemente, que o mundo está mais uma vez à beira de uma crise alimentar global. Temos a obrigação e o dever moral de voltar costas às situações vividas pelo povo cabo-verdiano, na segunda metade dos “Anos 40”, que devem permanecer apenas e unicamente como historia vivida, instalando projectos, medidas e politicas, para que nenhum cabo-verdiano, em qualquer das nossas dez ilhas viva de novo a má experiencia vivida, nesses maus anos, da década de 40 do século passado e tudo leva a crer, que aconteceu o que aconteceu, porque eramos “colónia” e não éramos, mestre do nosso próprio destino... Mas hoje, com a dignidade recuperada, temos a responsabilidade de proteger a todos os nossos cidadãos e mais ainda as nossas “crianças” porque sabemos todos que a sobrevivência infantil depende do acesso a alimentos nutritivos, acessíveis e continuamente disponíveis. Uma boa nutrição é a base da sobrevivência e do desenvolvimento infantil. Em contraste, a nutrição inadequada é uma das principais causas de mortalidade infantil...

Em todo o mundo e mais perto em África continental, os impactos em cascata da crise sanitária da pandemia do “Novo Coranavirus”; conflitos e crises climáticas estão aumentando drasticamente a “fome e a desnutrição” entre as crianças. Numeros de UNICEF afirmam que devido à pandemia, mais 100 milhões de crianças vivem na pobreza e dois terços das famílias com crianças perderam salários. O número de crianças que não recebem refeições regulares aumentou...a subida de preços dos produtos básicos alimentares de primeira necessidade, certamente piorou muito mais essa situação com raridade no acesso e ruptura de “stock” de bens alimentares...

O mundo inteiro está em crise e na política, a erosão da classe média e a evaporação de “indústrias localizadas” nas principais economias ocidentais possibilitaram o surgimento de “novos desempregados” e de movimentos populistas que lutam pelo protecionismo, pelo nacionalismo econômico...

A guerra na Ucrania, e a nova estratégica geopolítica e económica, retroalimentam as diferenças políticas acompanhado pela repetida ameaça de guerra mais perigosa, que ninguém deseja, porque o desastre seria total, perdendo toda a humanidade...

 

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