...dentro da nossa estratégia comunicativa, voltada para a motivação política, face à tomada de decisões mais concertadas possível, em prol desta modalidade, particularmente, gostaríamos de reiterar em jeito de chamada de atenção, os invejosos rendimentos, proporcionados por essa modalidade desportiva, onde se destacam, por exemplo, o pugilista norte-americano Floyd Mayweater Júnior – o atleta mais bem pago no mundo, que numa única disputa de títulos, já chegou a faturar, mesmo, os mais de meio bilião de dólares, em 2013, contra o pugilista filipino Manny Pacquiao (atualmente político – hoje candidato à presidência do seu país), igualmente, um dos mais bem pagos do mundo, bem como pouco mais de caché, contra o boxeiro irlandês Conor McGregor, em 2017, quando faturou, aproximadamente, 550 milhões de dólares, segundo a revista Forbes.
[...] É indubitável de que, patrocinar o desporto significa financiar o desenvolvimento no seu todo. Quando isto é feito racionalmente, há sempre chance de colher os frutos, o que interagiriam ou refletiriam no próprio desenvolvimento do país, responsável pela promoção desse desenvolvimento. A final, todos sairiam a ganhar com esse gesto importante, isto é, atletas, suas famílias, assim como o próprio país, como referido supra. [Grifo Meu]
O Boxe figura-se no seio de modalidades desportivas federadas, desde há muito tempo, em solo nacional, tendo gozado de um currículo importante, remontando ä década de 80 do passado século XX. Isto, porque foi nessa época que a presente modalidade desportiva conheceu uma etapa importante do seu desenvolvimento, graças à sua internacionalização, em decorrência da oportunidade em termos de participação de nossos pugilistas, numa competição internacional, então realizada, a nível de um dos países da CEDEAO que Cabo Verde já fazia parte integrante, desde 1976. Até porque, só para terem uma ideia do lugar que ocupa este belo desporto, no contexto histórico dos desportos federados nacionais, estamos perante a primeira modalidade desportiva cabo-verdiana que se internacionalizou, ainda no início da primeira república, como referido supra, noutros termos, em alusão ä época que ditou a saída de nossos atletas em direção ao histórico torneio internacional, o que significa que o pugilismo [Boxe] começou a se afirmar na esfera competitiva internacional, mesmo antes do tão patrocinado Football [e merecido mesmo, não discutimos, irmãos], numa perspetiva comparativa, conforme reza a história das modalidades desportivas disponíveis em território nacional, evitando faltar, mesmo, de Basketball [um excelente desporto, sem dúvida] que quase nem se falava na época, porque também não fazia, a meu ver, muito eco no quadro desportivo ou competitivo nacional. E, neste sentido, é importante sublinhar que essa modalidade desportiva [ou seja, Boxe] tem, à semelhança das demais existentes cá em Cabo Verde, conquistado a dignidade deste país, sobretudo do ponto de vista não só dos valores éticos, mas também do know-how da nossa delegação, em campos de disputas internacionais, por via não só de apresentação da performance competitiva de nossos pugilistas, em torno das mais variadas competições a que se têm perfilado, mas também da própria conquista de êxitos relevantes para este pequeno, mas grande país insular. Daí, surge o nosso questionamento para sermos francos: O porquê da contínua timidez em matéria de financiamento de um desporto que tem contribuído, imensamente, para a projeção da imagem deste país, na esfera global? A resposta é simples, ao que nos parece. Talvez seja a desconsideração da importância estratégica relacionada com o apoio dessa modalidade milionária, evitando falar da falta de vontade política, para sermos mais diplomáticos possíveis. Pensamos que não se trata da falta de conhecimento das dinâmicas e conquistas levadas a cabo por Atletas afetos a esse grande desporto. Nesta ótica, apraz-nos precisar que, no passado dia 10 do mês em curso, os nossos maravilhosos boxeiros tiveram uma receção calorosa, ao desembarcarem no aeroporto internacional Nelson Mandela (Praia), a quando do regresso de uma competição internacional, ocorrida em Serra Leoa, onde Cabo Verde conquistou 7 medalhas, sendo 4 de ouros, 2 de pratas e 1 de bronze, no total dos 7 atletas que se perfilaram nesse torneio sub-regional da Zona II. Isto, digamos, constitui o motivo de orgulho nacional. Segundo o Dr. Manuel Monteiro – o Presidente da FCB enquanto representante dessa delegação desportiva, Cabo Verde podia dar ao luxo de conquistar mais medalhas, caso pudéssemos garantir a participação de mais atletas, nomeadamente as femininas, sendo também portadoras de um excelente nível competitivo. Portanto, não fosse suas ausências nesse quadro competitivo internacional, podíamos, mesmo, conquistar o primeiro lugar em vez do segundo conseguido, conforme martela o mesmo, noutras expressões. Essa grande conquista nacional deve-se, como podemos constatar, à garra e determinação não só dos nossos atletas, mas também dos técnicos (treinadores, selecionador nacional) e dirigentes, que têm trabalhado de sol a sol, em prol da garantia dessa conquista tão significativa para esta nação.
Entretanto diria, particularmente, que com essas considerações, não queremos ignorar os apoios concedidos, até o momento, por sucessivos governos, mas pelo contrário, vemo-nos tanto no direito, como na obrigação de reconhecer o esforço da parte dos nossos governantes, através da direção geral do desporto, em prol do apoio a execução de planos de atividades, definidos para o desenvolvimento da presente modalidade desportiva, em diferentes contextos históricos. Mas sim, desafiamos a investir mais a favor deste tipo de desporto que, até pode constituir uma grande mais-valia, face ao desenvolvimento socioeconómico desta nação, pelo valor (ou seja, possível impacto) que ele pode oferecer, nos termos da contribuição parcial para o PIB, à semelhança do que acontece em países industrializados, como os EUA, Inglaterra, Rússia, Ucrânia, assim como noutras paragens. Dizer que, há países em África, onde já se verificam apoios consideráveis a favor dessa modalidade, nomeadamente o Gana, a Nigéria e mesmo, o país vizinho Senegal, na CEDEAO em que CV tem o privilégio de se integrar, como já dito, revelando resultados palpáveis, por terem conseguido fazer perfilar números consideráveis de seus pugilistas profissionais, atuando em atrativos mercados financeiros internacionais (países do 1º mundo), isto é, exibindo-se hoje em ringues internacionais de alto rendimento, com reflexos a nível da viabilização de investimentos estruturantes, já verificados e/ou ainda por verificar, em seus países de origem. Estamos a falar, por exemplo, do pugilista ganês Emmanuel Tagoe; das estrelas nigerianas da UFC Camara Usman e Israel Adesanya; do Barão Camaronês Francys Ngannou, também, do UFC, embora Camarão não faça parte integrante dessa organização sub-regional, mas pertencendo à região da África Ocidental, do ponto de vista geográfico. E nem falamos, irmãos, do multimilionário pugilista britânico, descendente [parcial] da etnia nigeriana – Anthony Joshua e nem do nosso irmão cabo-verdiano Dmitryus Andrade [boxeiro norte americano-cabo-verdiano] – descendente de pais cabo-verdianos, por não serem nativos, assim como Leroy Martins e Yorgan Castro do K-1 e Boxe, respetivamente, entre outros, vivendo na Holanda e nos EUA, para podermos ver, o quanto vale investirmo-nos nos desportos individuais. Vejam que, como ficou assente nessas linhas descritivas de análise, estamos a falar de um desporto individual mais bem pago no mundo; vejam que estamos a falar de um dos desportos mais belos no mundo, do ponto de vista de sua exibição técnico-competitiva; vejam que estamos em perante um desporto, portador de alto sentido de defesa pessoal e, revelador de uma motivação pessoal importante em termos psicológico e moral, sem precisar de sua capacidade atinente à performance física e/ou estética de indivíduos ou praticantes fiéis da respetiva modalidade.
Ora, dentro da nossa estratégia comunicativa, voltada para a motivação política, face à tomada de decisões mais concertadas possível, em prol desta modalidade, particularmente, gostaríamos de reiterar em jeito de chamada de atenção, os invejosos rendimentos, proporcionados por essa modalidade desportiva, onde se destacam, por exemplo, o pugilista norte-americano Floyd Mayweater Júnior – o atleta mais bem pago no mundo, que numa única disputa de títulos, já chegou a faturar, mesmo, os mais de meio bilião de dólares, em 2013, contra o pugilista filipino Manny Pacquiao (atualmente político – hoje candidato à presidência do seu país), igualmente, um dos mais bem pagos do mundo, bem como pouco mais de caché, contra o boxeiro irlandês Conor McGregor, em 2017, quando faturou, aproximadamente, 550 milhões de dólares, segundo a revista Forbes.
Essas palavras surgem, irmãos, da necessidade de imprimirmos cada vez maior esforço, a nível de apoio a qualquer que seja deporto, podendo servir, obviamente, de motivação para tal, no seio de entidades públicas e privadas. Digamos, numa ótica de valorização de esforços que os nossos atletas imprimem nesse sentido, em defesa do bom nome de Cabo Verde. Digamos que na Seleção Nacional de Boxe, existem muitos Sifonelo Borges [vulgo Keny] que carecem de apoio, merecendo uma mão amiga, tanto de setores públicas (Governo, p.ex), como privados (empresas). A Câmara Municipal da Praia, através do seu presidente o Dr. Francisco Carvalho, fez um grande gesto, por ter aproveitado essa nobre oportunidade, para prestar homenagem ao pugilista de peso pesado atrás referido [Keny], quase que imediatamente ao regresso da referida competição sub-regional, pintando-o de um chegue num valor gratificante, o que agradecemos. Apelamos aos outros municípios que façam o mesmo, com relação aos restantes participantes dessa competição. Estamos a falar, p.ex, do de Tarrafal de Santiago, pela participação de um grande pugilista e estudante universitário, no fim da sua formação académica] de nome Elizandro Silva; do de Santa Cruz, Mindelo, entre outros. Trata-se de indivíduos que necessitam, como é óbvio, de apoio, sobretudo porque nem todos gozam de pais e encarregados de educação, dispondo de condições económico-financeiras, permitindo-lhes garantir uma alimentação adequada, evitando falar do mérito individual que se considera importante, como é óbvio!
Estamos, em síntese, a alertar para o reconhecimento do défice existente no que tange ao funcionamento adequado, mormente dos chamados desportos individuais em Cabo Verde, como no caso do pugilismo, em questão, assim como da ausência, se calhar, de uma estratégia adequada para a segurança da prática dessa modalidade desportiva. Ou seja, já pensando numa perspetiva do retorno de investimentos, uma vez que, se conseguirmos impulsionar ou garantir a profissionalização de determinados atletas, poderemos colher o fruto, ao testemunharmos a realização de investimentos, pelo menos, em territórios nacionais, com reflexos a nível da criação de empregos, apoio aos mais vulneráveis, entre outras ações relevantes, numa perspetiva de transformação social – isto é, ações de foros económico e social, desencadeadas, muita das vezes por atletas que se aventuram no mundo do boxe profissional, como os casos dos irmãos [Dmitry e Vitáli] Klitscho, Vazil Lomoshenko, Aleksandr Usyk, entre outros boxeiros profissionais da Ucrânia; do Nicolay Valuev, Sergey Kovalev, Aleksandr Povetkin, entre outros, da Federação russa; do já citado Floyd Mayweather Jr. já evocado [responsável, metaforicamente, pela injeção de toda a família “Mayweateher” de vírus milionário] Mike Tyson, Evander Hollyfield, Deontay Wilder, etc, dos EUA tendo promovido grandes investimentos, mormente em suas nações – só para citarmos algumas personalidades mais sonantes do boxe profissional, mas sem nunca ignorar a nossa sub-região africana, onde podemos deparar com grandes impérios [empresas, fundações de caráter social], surgidos graças a investimentos realizados pelas figuras milionárias, afetas aos chamados “fighting sports” [Boxe, UFC, particularmente] – nativos e/ou descendentes de países já aludidos nessa reflexão, isto é, de Estados, como Gana, para o caso do referido Emmanuel Tagoe; Camarão, para o de já, igualmente, mencionado Francis Ngannou, da UFC; Nigéria – Kamara Usman e Israel Adelsanya, do UFC, Anthony Joshua [Descendente de pais nigerianos] e claro, o pugilista americano Dmitryus Andrade – descendente de pais cabo-verdianos radicados nos EUA, tendo prometido a realização de investimento em terra dos pais, dizendo que mostra, orgulhosamente, a bandeira nacional, durante a luta de boxe. Só para vermos o quão importante deve ser a institucionalização de investimentos, voltados para o desporto, com destaque particular para o Boxe entre outros, evitando, deste modo, ignorar outras modalidades desportivas individuais. Desta forma, estaríamos a apoiar os nossos atletas, estimulando-os a praticar eficazmente essa atividade desportiva. Até porque, lembrem-se do impacto mediático que teve Cabo Verde, com a oportunidade que tivemos de realização de uma luta entre pugilistas profissionais, oriundos de Marrocos e Congo, realizado em Dezembro de 2017, por intermédio da Federação cabo-verdiana de Boxe; lembrem-se dos combates expostos no Octagon [Gaiola] em Novembro de 2016, de entre os atletas provenientes de diferentes modalidades desportivas (o então famoso TBF), na sua quase maioria, os nossos jovens pugilistas. Perguntemos, quem ganhou com isso? O setor turístico beneficiou, obviamente, porque as agências de viagens e setores de restauração e hotelaria, ligadas ao setor turístico, beneficiaram com esses grandes eventos desportivos; sem falar de alegria e adrenalina interna explicadas pelo entusiamo dos participantes desses grandes eventos culturalo-desportivos, sendo, ainda, engrandecidos, pela oportunidade de observação, pela primeira, na história deste país, da luta no Octagon, neste país.
Portanto, fica expressa, uma vez mais, essa contribuição moral, nos termos do desenvolvimento, não só do pugilismo, mas também do próprio país, no seu todo, porque, diríamos que estamos perante uma proposta relevante em torno do desenvolvimento futuro deste arquipélago, ciente da necessidade que temos de conquistar a sua independência económica, que se agravou com a crise pandémica Sars Cov-2, bem como com graves problemas geopolíticos que o mundo vive hoje, por causa da confrontação entre as duas potências energéticas e agrícolas [potenciais indústrias alimentares] da europa oriental [Rússia e Ucrânia], com reflexos, obviamente, a nível da economia nacional. O Boxe, assim como outras modalidades desportivas individuais, pode constituir parte desta solução! Termino, exortando os nossos políticos e governantes [uma atenção especial aos Ministros do Desporto e Cultura e indústrias criativas, por exemplo, nas pessoas do Dr. Elísio Freire e Dr. Abrão Vicente, entre outras personalidades afetas ao atual governo de Ulisses Correia e Silva] a sentarem à mesa nesse projeto comum, cujos resultados poderão traduzir no desenvolvimento mais consistente e equilibrado de um país que muito amamos. Neste sentido, teríamos, também, todo o orgulho de ver o Dr. José Maria Neves – ou seja, o atual presidente da Presidente da República, associado a esse desafio de desenvolvimento. Viva os nossos Pugilistas! Viva C.Verde!
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