O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse esta quarta-feira que a condição sustentável e durável para eliminar a pobreza passa por transformar Cabo Verde num país de oportunidades para os cidadãos.
“Os cidadãos devem ter acesso à educação, formação de qualidade, ao emprego, rendimento e as condições de progressão social e económica. Sabemos que para isso não basta o crescimento económico, pois é preciso inclusão social e territorial”, assegurou.
Ulisses Correia e Silva fez esta afirmação no acto da assinatura do acordo de financiamento do Projeto de Inclusão Social, que vai apoiar a construção de “um sistema de protecção social eficaz e que promova a inclusão social produtiva”, rubricado entre o Governo de Cabo Verde e o Banco Mundial.
A ambição de Cabo Verde, segundo o primeiro-ministro, é eliminar a pobreza extrema e reduzir a pobreza absoluta num quadro de protecção da liberdade das pessoas e respeito pela sua dignidade.
“Mas não numa perspectiva assistencialista e de perenização da situação de pobreza que é contrária à liberdade e à dignidade, mas na perspectiva estratégica intencional de rompimento do ciclo da pobreza”, enfatizou.
“O instrumento mais potente para o feito de redução a pobreza é a educação. Por isso a nossa atenção à redução do abandono escolar e do insucesso escolar, à universalização do aceso do pré-escolar e a gratuitidade no ensino básico e secundário”, precisou.
Neste âmbito, garantiu, que os programas sociais vão ser reforçados para que tenham um “impacto positivo” na redução da pobreza.
Conforme o chefe do Executivo, neste processo a dinamização da economia das ilhas vai ser “uma prioridade” para a criação de oportunidades de emprego e de rendimento em todo o território nacional, de forma a aproveitar as potencialidades de cada uma das ilhas, reduzir as assimetrias regionais e os efeitos de migrações internas.
Ulisses Correia e Silva lembrou, também, que a solução da pobreza passa necessariamente pelo desenvolvimento rural em alguns concelhos do País, com o desenvolvimento da agricultura e mais água produzida pela dessalinização.
Posto isso, defendeu que uma “boa governança” dos programas sociais irá contribuir para “acelerar os impactos sobre a redução da pobreza”, desde que haja uma “integração das políticas públicas” que convergem para a redução da pobreza, envolvimento dos diversos actores e instrumentos de gestão, orientados para eficiência e eficácia dos programas.
Com Inforpress
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