Sindicatos de Santiago acusam Governo de postura discriminatória e de violar a liberdade sindical
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Sindicatos de Santiago acusam Governo de postura discriminatória e de violar a liberdade sindical

Os Sindicatos de Santiago (SINMEDECV, SACAR, SINCOP e SINTSEL)  demarcaram-se esta terça-feira, 17 de dezembro, da forma “discriminatória” do Governo relativamente à situação actual dos trabalhadores, acusando o mesmo de desrespeitar os parceiros e de violar a liberdade sindical.

O porta-voz do grupo e presidente do SACAR, José Carlos Varela, fez estas declarações em conferência de imprensa sobre o descontentamento dos sindicatos face a situação laboral no país, afirmando que os trabalhadores estão “abandonados”, “ignorados” pelo Governo e sem perspectivas.

“Temos um Governo que não cumpre com os acordos de concertação estratégica, desrespeita os parceiros, viola o direito a liberdade sindical, não cumpre com o prometido em aumentar o salário a 1% ano, aumenta o fosso salarial entre os trabalhadores da Administração Pública, um governo discriminatório que dá aumento de 2.2% apenas a 1692 trabalhadores, num total de 23 mil” afirmou.

Por outro lado, o porta-voz dos Sindicatos de Santiago acusou o Governo de entregar dois diplomas na Presidência da República sem auscultar os sindicatos.

Perante essas e outras “situações de abuso”, avançou que o grupo prevê realizar uma manifestação geral no início do próximo ano, envolvendo todos os sindicatos de Santiago, referindo, por outro lado, que o executivo não tem criado as condições para melhorar a situação laboral no país.

A título de exemplo, apontou a elaboração de “contratos precários”, uma situação que, no seu entender, cria sentimentos de medo e de insegurança no seio dos trabalhadores da Administração Pública.

José Carlos Varela informou, por outro lado, que os Sindicatos de Santiago têm uma audiência marcada esta quarta-feira com o Presidente da República, onde levará essas preocupações com o objectivo de ver os problemas resolvidos e para que os diplomas tenham equilíbrio.

“Esperamos contar com a sensibilidade do Presidente da República relativamente aos diplomas, e que estes voltem ao Governo e possamos, realmente, dar contributos necessários”, afirmou, anotando que os Sindicatos de Santiago querem uma avaliação justa dos dois documentos.

O sindicalista ressalvou, ainda, que os trabalhadores não podem pagar pela ineficiência do sistema, reivindicando neste sentido mais promoções na Administração Pública.

Com Inforpress

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