O PAICV manifestou-se esta semana satisfeito com a avaliação do Banco Mundial (BM), que, num estudo publicado na sua página oficial, destaca Cabo Verde como campeão de redução de pobreza, realçando os resultados alcançados entre 2001 e 2015, período que coincide com a governação do PAICV. Os dados do BM lançam por terra o argumento do MpD, que recorrentemente defende ter herdado um país á beira do colapso, quando confrontado pela oposição.
Segundo o estudo do BM, na época indicada no estudo, a renda nacional bruta per capita (RNB) cresceu seis vezes, a pobreza extrema caiu de 30% (em 2001) para 10% (em 2015), consubstanciando uma taxa anual de redução da pobreza de 3,6%.
Para este resultado contribuíram factores como a estabilidade política, o crescimento do turismo e a construção de infra-estruturas, com destaque para as barragens no meio rural, diz o relatório do BM, que, com base nesses dados, considerou que, afinal, Cabo Verde é uma “estrela em desenvolvimento”!
Isso, afirma o PAICV, “contraria, portanto, todo o discurso que a então Oposição do MPD fez, sobre os programas de infra-estruturação económica e institucional do país!”, assim como contraria “todos os argumentos utilizados pela então oposição do MpD, contra os Programas de Luta contra a Pobreza, que eram considerados, nessa altura, como “assistencialismo”, a ser abatido por todas as vias e a todo o custo”.
Impacto do turismo e melhorias substanciais no campo
De acordo com o PAICV, “a infraestruturação do país, liderada pela governação do PAICV, com a construção de três aeroportos internacionais e modernização dos aeroportos de São Nicolau, Maio e Fogo, para além da modernização dos Portos de Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal, Boa Vista, Praia, Fogo e Brava, terá sido fundamental” para os resultados agora divulgados pelo BM.
Por outro lado, a infraestruturação institucional “terá sido determinante, conforme revela o estudo”, declara o PAICV, para quem “os investimentos em capital humano também desempenharam um papel importante”, resultando numa esperança de vida que é a segunda mais alta da África (73 anos).
Para o maior partido da oposição, “resulta cristalino que os investimentos na saúde, levados a cabo de 2001 a 2015 tiveram, também, o seu peso na avaliação excelente feita pelo Banco Mundial”.
Mas o dado mais “interessante”, na avaliação do PAICV, “tem a ver com o facto de o Banco Mundial fazer questão de realçar que a maior taxa da redução da pobreza aconteceu no meio rural, com destaque para as ilhas de Santiago, Santo Antão e Fogo”.
Recomendações do BM
O Banco Mundial elogia Cabo Vede, mas “para garantir que a estrela continue brilhando intensamente, o país precisa agir agora, investindo em sectores estratégicos – como o turismo, o agronegócios, as pescas e a inovação”.
“Isso, então, iluminará seu caminho mais provável para o progresso: um sector de turismo diversificado e mais inclusivo e uma expansão dos produtos de nicho da agricultura, pecuária e pesca. Ou talvez até se tornar um centro logístico, ou um centro digital e de inovação, se as condições certas forem criadas e o interesse do sector privado puder ser atraído», lê-se no estudo do BM, que acredita que "se a acção certa for tomada agora, o futuro de Cabo Verde continuará a ser brilhante".
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