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O Centro de Energias Renováveis e Manutenção (CERMI) e a Câmara Municipal de Santa Cruz assinaram na manhã de 15 de Janeiro, um protocolo de cooperação para as bases de colaboração na orientação e inserção profissional dos jovens, criar uma maior sinergia na implementação dos seus planos de actividades, nomeadamente no domínio económico e erradicação da pobreza. O documento foi rubricado pelo presidente do Conselho de Administração do CERMI, Luís Teixeira, e pelo presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Carlos Silva. 

Em detalhes, o protocolo determina, entre outras coisas, que o CERMI vai atribuir 20 bolsas de estudos por ano, através da redução de 50% das propinas em todos os cursos de Formação Profissional Inicial de níveis IV e V, bem como os cursos de curta duração e de reciclagem para o pessoal técnico do concelho de Santa Cruz.

Para o efeito, a Câmara Municipal fará a divulgação anual das ofertas formativas para os jovens, bem como a selecção dos formandos que serão enviados ao CERMI para inscrição e matricula. A CMSCz irá apoiar e subsidiar as despesas inerentes à formação dos alunos mais carenciados do concelho em função das necessidades de cada formando e mediante um regulamento interno. Ficou ainda o compromisso da Câmara local em disponibilizar meios disponíveis(infraestruturas de energias renováveis e manutenção), para acolhimento e realização de estágio dos formandos do CERMI.

Para o edil, Carlos Silva, este protocolo de cooperação veio em boa hora, num momento em que a edilidade já elegeu a Formação Profissional como sendo uma das primeiras prioridades, com vista a criação de emprego jovem no concelho, nomeadamente, nas áreas da agricultura, pecuária, pesca, turismo rural, arte e música.

Carlos Silva faz esta ressalva por considerar que estas áreas representam "as vantagens competitivas do município, embora, infelizmente, continuam ainda com baixo nível de qualificação e aproveitamento, sendo certo que esta parceria com o CERMI irá apoiar e desenvolver tudo o que tem a ver com a produção da energia renovável, particularmente no processo de dessalinização da água de mar no concelho.

“O território cabo-verdiano tem mais água do que terra, a mesma coisa se diz em relação ao vento. O nosso desafio é apostar forte no aproveitamento de recursos endógenos para podermos garantir o crescimento econômico, criando riqueza, garantindo emprego, reduzindo a pobreza e a exclusão social”, argumenta o edil, sublinhando que o CERMI terá um papel preponderante no processo de desenvolvimento do Município tendo em conta os produtos e as ofertas.

“A nossa política de formação profissional está em sintonia com o programa de Governo que é apostar forte na formação profissional voltada para a criação do emprego” garante Carlos Silva.