O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, exortou segunda-feira, 06, o Governo a acelerar a reposição da normalidade nas vias que foram danificadas pelas chuvas de Setembro.
O autarca, que acompanhou uma delegação da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde (OECV) na visita a alguns pontos danificados pelas chuvas de Agosto e de Setembro, disse que neste momento “o importante é a reposição da normalidade”, porque, explicou “são obras que estão atrasadas”, como as do acesso à praia de Fonte Bila, Cruz dos Passos/Santa Filomena e outras dentro da declaração de estado de calamidade e que estão na competência das Infra-estruturas de Cabo Verde e das Estradas de Cabo Verde.
A intervenção no troço de Santa Filomena já começou, mas as obras a cargo das Infra-estruturas de Cabo Verde estão atrasadas e dois meses depois das chuvas “nem sequer contactou a câmara” para os diálogos e trabalhos que são necessários.
“Aquilo que é da competência municipal já iniciou e estamos a trabalhar apesar de ainda não ter recebido nenhum centavo daquilo que foi declarado no estado de calamidade como apoio a componente municipal e vamos avançado com fundo próprio”, declarou o autarca.
A mesma fonte sublinhou que hoje, em diálogo com as Estradas de Cabo Verde, inicia-se o processo de auscultação de empresas para adjudicação das obras na estrada de acesso à praia de Nossa Senhora da Encarnação.
Segundo o mesmo, a reposição da normalidade está em andamento, melhor na parceria com Estradas de Cabo Verde e mais atrasada na componente com as Infra-estruturas de Cabo Verde, tendo a câmara solicitado, desde semana passada uma reunião sobre a questão do acesso à praia de Fonte Bila e ainda aguarda a resposta para efectivamente arrancar.
A previsão era ter estes trabalhos concluídos antes do Natal para poder permitir que aos sanfilipenses uma quadra natalícia tranquila e em harmonia, mas, tendo em conta que a componente nacional regista “atraso considerável”, será difícil ter a normalidade antes do ano novo.
“Aproveitamos a visita da Ordem dos Engenheiros para mostrar os estragos, que são avultados, e voltamos a pedir ao Governo para dar instruções claras às Infraestruturas de Cabo Verde para começar o processo de reposição da normalidade”, disse Nuías Silva.
O autarca lembrou que são vias dentro do centro históricos que estão “há dois meses sem limpeza e sem as condições mínimas de transitabilidade”, razão pela qual, afirmou, “é urgente a reposição da normalidade”.
O edil esclareceu que são componentes nacionais que devem ser repostas pelo Governo porque, explicitou, na declaração de estado de calamidade o Governo decidiu dividir a fatia na componente municipal, que a câmara aguarda o desembolso das verbas, e na componente nacional, que é executada pela Estradas de Cabo Verde e pela Infraestruturas de Cabo Verde.
Reconheceu que a parte que “mais atrasada e sem sinais” de que vão arrancar é a que está sob a direcção da Infra-estruturas de Cabo Verde.
Nuías Silva considerou ainda que é necessário repor a normalidade, lembrando que o próprio estado de calamidade tem um prazo e é fundamental que se cumpra, e que as coisas sejam feitas atempadamente.
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