
O Governo e a edilidade santa-cruzense vão colocar terrenos públicos à disposição quer para habitação social quer para investimento privado e vão construir estradas visando criar uma nova centralidade nas localidades de Achada Fazenda, Coroa e Achada Ponta.
A intenção foi manifestada hoje pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e pelo presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Carlos Silva, em Pedra Badejo, no acto da apresentação do projecto e lançamento do concurso para a construção e reabilitação da estrada de acesso Fazenda/Coroa/Achada Ponta e o da assinatura da transferência de um terreno de 60 hectares a favor do concelho para expansão urbana.
Na ocasião, o primeiro-ministro defendeu que o investimento público é bom quando abre caminhos para investimento privado e quando cria condições para que o investimento privado aconteça, que é o mais estruturante, referindo-se ao emprego, ao rendimento e à criação de riquezas.
Daí, afirmou que só se justifica construção de estradas que levam economia, circulação, mobilidade e saúde, e neste particular que levam economia, tendo em conta que, segundo ele, já estão em curso vários empreendimentos turísticos.
Por isso, disse acreditar que após a conclusão das obras da estrada de acesso Fazenda/Coroa/Achada Ponta estes empreendimentos vão ganhar “valor acrescentado” com a acessibilidade.
Ulisses Correia e Silva comprometeu-se ainda a levar estradas a outras localidades onde há interesses de privados em investir quer em Santa Cruz, quer em outros municípios do País.
Relativamente à transferência de terrenos do Governo para a autarquia, disse que além de movimentar o sector da construção civil vai, igualmente, criar possibilidades de se ter uma “nova centralidade” nas localidades de Fazenda, Coroa e Achada Ponta, na zona sul desse município com vocação agrícola.
“São 60 hectares e poderão ser aumentados em função da ocupação que vai ser feita com a urbanização”, comprometeu-se o chefe do Governo.
Por seu turno, o edil Carlos Silva considerou hoje “um dia interessante” para o município, que, segundo ele, encontra-se numa “dinâmica imparável rumo ao desenvolvimento inteligente, sustentável e inclusivo”.
Não obstante, o “contexto difícil”, Carlos Silva não tem dúvidas de que este município do interior de Santiago está a demonstrar-se resiliente, notando que isso se deve ao seu povo, reflexo nas lideranças locais e na relação com todos os parceiros, em particular com o Governo de Cabo Verde.
Por isso, acrescentou que a expansão urbana e a requalificação e construção da estrada de acesso Fazenda/Coroa/Achada Ponta vão criar uma “nova centralidade” na parte sul do município de Santa Cruz e ainda alavancar as suas potencialidades turísticas.
A estrada, que terá pavimentação em betuminoso, com uma camada com espessura de 5 centímetros (cm), com lancil de 15 e 8 cm, com passeios em pavês, tem uma extensão de aproximadamente 1.500 metros (m), com uma área aproximada de 6.868 metros quadrados e uma largura média de 6,00 m.
Pretende-se com a construção desta infra-estrutura rodoviária, orçada em 90 mil contos, melhorar as condições de circulação, segurança e conforto, desenvolvimento do turismo, e desenvolvimento económico e social das comunidades.
Além dos empreendimentos turísticos em construção e da expansão urbana no corredor entre Achada Fazenda e Achada Ponta, o Governo e a edilidade justificam o investimento com a existência de dessalinizadora de água para consumo e com a instalação da dessalinizadora para produção de água para rega nas referidas localidades da parte sul do concelho de Santa Cruz.
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