Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz contesta último lugar no Índice de Coesão Territorial
Política

Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz contesta último lugar no Índice de Coesão Territorial

O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Carlos Silva, contestou hoje o último lugar no estudo sobre o Índice de Coesão Territorial (ICT) 2023, que permite avaliar o desempenho de cada município no contexto do desenvolvimento nacional.

Em declarações à Inforpress, o autarca além de contestar a classificação atribuída nesse estudo realizado pelo Ministério da Coesão Territorial, em parceria com Instituto Nacional de Estatística (INE), questionou os critérios utilizados no mesmo que atribuiu ao concelho o valor de ICT de 69,8 pontos – último lugar no ranking dos municípios menos desenvolvidos.

“Nós, sinceramente não conhecemos muito bem os critérios [utilizados para medir o ICT], contudo, partimos do princípio que a intenção é boa, tendo em conta que é para medir, sobretudo o Índice de Coesão Territorial, mas, sabemos que foram avaliadas três dimensões: social, económico e territorial”, frisou o autarca.

Reconheceu, no entanto, que este município santiaguense pela sua dimensão territorial está “bastante prejudicado”, mas, contestou a avaliação feita em relação ao social e ao económico, que também coloca o município na cauda.

É que, segundo ele, a nível económico o município dispõe do último dado estatístico do INE, que diz que “a economia de Santa Cruz está acima da média nacional”.

“Sobre estes dados do INE, não estranhamos porque realmente o nosso foco tem sido a economia, porque, entendemos que temos de criar economia para realizarmos o social. Então, não estranhamos, mas, é claro que isso também é volátil e pode haver oscilação”, disse o chefe do executivo municipal.

“Acreditamos que a aposta que estamos a fazer é uma aposta segura e vamos conseguir garantir para Santa Cruz uma melhor economia para realizarmos o social”, reforçou.

“Entendemos que é um estudo possível porque acreditamos que a intenção do Governo é fazer correcções a partir deste estudo, por isso aceitamos sem nenhum problema, e vamos trabalhar à semelhança de outros municípios que também estiveram na posição mais abaixo, e temos todas as condições para também no próximo ano estar em outra posição”, observou, reafirmando que a nível estatístico dispõem de outros dados.

Por fim, informou que pessoas também estão a questionar os critérios utilizados para medir o ICT, que colocou este município “eminentemente agrícola” na cauda dos mais pobres do país.

De acordo com o ICT apresentado no passado dia 12 de Julho, Santa Cruz surge na última posição entre os 22 municípios do país, antecedido pelo concelho de Porto Novo (Santo Antão).

Segundo o INE, o município da Ribeira Grande, em Santo Antão, que em 2022 ocupava 5ª posição, considerado na época um dos concelhos menos desenvolvidos, juntamente com Santa Cruz e São Miguel, este ano ocupou a 3ª posição, com o valor do ICT de 129,7 pontos.

Já o município da Praia, tal como em 2022, continua no topo da lista dos municípios com o maior nível do valor do indicador do ICT de 172,8 pontos, seguido do município de São Vicente, com ICT de 151,7 pontos.

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