Presidente da Associação dos Municípios de Santiago projecta desenvolvimento da ilha a partir da agro-indústria e do turismo
Política

Presidente da Associação dos Municípios de Santiago projecta desenvolvimento da ilha a partir da agro-indústria e do turismo

O novo presidente do Conselho Directivo da Associação dos Municípios de Santiago (AMS), Carlos Silva, considerou hoje que o desenvolvimento da ilha passa pelo desenvolvimento das áreas da agro-indústria e turismo.

O também presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz falava no acto da tomada de posse dos novos órgãos sociais da AMS, realizada na tarde de hoje em Monte Vigia, Santa Cruz, que decorreu à margem da assembleia-geral da organização sob lema “Dialogar, cooperar, e conectar a ilha, para um desenvolvimento sustentável”.

“(…) A ilha de Santiago deve assumir a centralidade do processo de desenvolvimento do País em duas áreas bem identificadas, o desenvolvimento do agro-indústria e o turismo, sobretudo o turismo cultural, histórico e paisagístico (…)”, declarou o autarca.

Para o sector da agro-indústria, manifestou a “total disponibilidade” da AMS para juntamente com o Governo trabalhar no desenvolvimento da agricultura, com projectos e programas específicos de mobilização de água, modernização da agricultura e pecuária, bem como projectos no domínio da Economia Azul, visando transformar Santiago num centro abastecedor de produtos agrícolas e animal.

No domínio do turismo, propôs ao Governo e à Associação do Turismo de Santiago (ATS) a diversificação da oferta turística, com foco na promoção do turismo cultural, rural e o ecoturismo, através da criação de “novos destinos turísticos” com rotas, programas e atracções baseados no património histórico, cultural e natural.

Além da agro-indústria e do turismo, o novo presidente da AMS disse acreditar que o progresso da ilha passa também pelo desenvolvimento e empoderamento do capital humano e no combate ao êxodo rural.

Carlos Silva apontou ainda o parque industrial e empresarial, com destaque para o agro-negócio, desencravamento das ribeiras com potencial agrícola e turística, construção de mais um cais acostável, ampliação ou construção de mais um aeroporto da Praia e construção de um aeródromo no concelho do Tarrafal, como “grandes prioridades” da ilha de Santiago para os próximos tempos.

Das “grandes prioridades” constam ainda a construção de uma via rápida Praia-Tarrafal, construção de um central de compras na região Norte, instalação de uma escola ou pólo da Escola do Mar, instalação de uma verdadeira escola para formação da agricultura e desenvolvimento rural, instalação de um banco de desenvolvimento rural e criação de infra-estruturas de suporte ao desenvolvimento das pescas.

Por sua vez, a ministra da Coesão Territorial, Janine Lélis, que presidiu ao acto, em representação do Governo, reconheceu que a AMS tem um “papel preponderante” no desenvolvimento da capacidade técnica e operacional dos nove municípios que a integram.

Segundo a governante, os objectivos traçados pela AMS para desenvolvimento da ilha vão ao encontrado daquilo que tem sido a política do Executivo, no que diz respeito ao poder local e à promoção da coesão territorial.

Na ocasião, destacou a parceria existente entre o Governo e as câmaras, que se traduziu em investimentos no sector da água e obras de desencravamento e melhoramento das vias de acesso às localidades, tendo deixado o compromisso do executivo em continuar a procurar “alternativas de financiamentos” para a conclusão das obras em cursos e a promoção da coesão territorial.

Além de Carlos Silva, compõem ainda o Conselho Directivo os vice-presidentes Jassira Monteiro e José dos Reis, enquanto os vogais Ângelo Vaz e Nelson Moreira.

A Mesa da Assembleia-Geral é dirigida por Elsa Rodrigues, tendo como vice-presidente, Felismina Moreno, e secretária, Leucádia Furtado.

O Conselho Fiscal é presidido por Gilson Cardoso, vice-presidente Clara Marques, e secretário Carlos Vasconcelos.

Aos empossados a também ministra do Estado e da Defesa desejou “melhores sucessos” e augurou que o trabalho a empreender seja para o “bem-estar social e económico” dos munícipes e dos municípios.

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