O Presidente da República estará, em Outubro, na Assembleia Geral das Nações Unidas onde vai apelar ao fim da pena de morte, para além de falar sobre questões do Estado de Direito, das democracias e liberdades.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, em pleno séc. XXI, onde “toda a gente faz um discurso dobre a eminente dignidade da pessoa humana” que é o “pilar forte” dos estados de direito, ainda há países na Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) que tem a pena de morte.
“Tenho a ideia de ir fazer uma espécie de apelo no sentido de que a afirmação do estado direito e das democracias não rima com a questão da pena de morte. Fazer um apelo para a sua abolição ou, pelo menos, temporariamente digamos haver uma moratória na execução da pena de morte”, anunciou Jorge Carlos Fonseca, que aproveitará a sua ida aos Estados Unidos para estar, pela primeira vez, com a comunidade cabo-verdiana do Estado da Califórnia.
Falando sobre a CPLP, o chefe de Estado afirmou o que o deixava satisfeito como presidente em exercício da comunidade seria conseguir “avanços políticos visíveis” no mais recente membro da comunidade, a Guiné Equatorial.
Questionado se estava a falar da questão da pena de morte, Fonseca explicou que o seu desejo é que daqui a dois anos a Guiné Equatorial esteja numa posição “mais avançada”, do ponto de vista político, do que está neste momento, ou quando entrou na CPLP.
“Até para procurar demonstrar que talvez tenha sido melhor estar dentro da CPLP do que estar fora” reforçou.
Instado ainda sobre o que seria “o falhanço” da sua presidência nesta comunidade, Jorge Carlos Fonseca disse que considerará que a presidência de Cabo Verde não teve sucesso se não houver um “claro avanço” na questão da mobilidade no geral ou mobilidade dos agentes e bens culturais e os agentes económicos.
Com Inforpress
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