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Picos: Reconstrução do muro de Chão Rodrigues deve arrancar em Outubro três anos depois do desabamento
Política

Picos: Reconstrução do muro de Chão Rodrigues deve arrancar em Outubro três anos depois do desabamento

A Câmara Municipal de São Salvador do Mundo, no interior de Santiago, já lançou o concurso para a reconstrução do muro de Chão Rodrigues, que desabou em 13 de Setembro de 2020, cujas obras devem arrancar em Outubro.

“Neste momento, já temos o concurso fechado e o relatório final. Brevemente vamos assinar o contrato com a empresa vencedora do concurso e o acto de consignação da obra (…), para avançarmos com as obras a partir do mês de Outubro”, adiantou à Inforpress o vereador do Urbanismo, Infra-estruturas e Saneamento da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo (Picos), Jair Correia.

As obras, segundo o autarca, vão ser co-financiadas pela Câmara Municipal de São Salvador do Mundo e pelo Governo, através do Fundo do Turismo, em 25 mil contos, e deverão estar prontas no início do próximo ano.

As obras de requalificação urbana e ambiental da localidade de Chão Rodrigues, inauguradas em Novembro de 2019, e derrubadas pelas chuvas de Setembro de 2020, foram co-financiadas pelo Governo, através do Fundo do Turismo e no âmbito do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA), e pela Câmara Municipal de São Salvador do Mundo, num montante de 16 mil contos.

A parte do muro de protecção em Chão Rodrigues, no município de São Salvador do Mundo, no interior de Santiago, desabou em 13 de Setembro de 2020, e até o momento nenhuma intervenção foi feita na estrutura.

Trata-se de uma obra que alberga todo o espaço circundante à escola local, contemplou protecção de muros e calcetamento da estrada, um ‘fitness’ parque para a prática de actividade física e de lazer, bem como a construção de um caminho vicinal que liga a estrada principal – escola.

Asfaltagem da estrada que liga Sansan a Cutelo Rocha, projecto de valorização turística e ambiental do vale do Mato Dento, em Leitão Grande, e construção do miradouro de Alto Babosa são outras obras que, segundo Jair Correia, vão arrancar ainda este ano, e cujos concursos já foram lançados e estão em fase de conclusão.

Este município agrícola, que completou os 18 anos da criação, no passado dia 19 de Julho, prevê para este ano a materialização de alguns projectos em parceria com o Governo, com destaque para a construção do novo Centro de Saúde e para requalificação do centro urbano da cidade de Achada Igreja, que já contam com financiamentos garantidos por parte do Banco Mundial (BM).

O edil salvadorenho, Ângelo Vaz, anunciou, na altura, que a autarquia ia abrir um inquérito para apurar as causas do desabamento do referido muro de protecção.

O autarca descartou a “má qualidade” da obra e evocou “força da natureza”, sustentando que todos viram a quantidade de chuva que caiu na altura nesse município santiaguense.

O chefe do executivo municipal prometeu divulgar o inquérito assim que for concluído, mas, no entanto, até o momento o mesmo não foi apresentado, sobretudo à comunicação social.

Em Santiago Norte, as chuvas de Setembro 2020 também provocaram a queda de uma parte do muro de protecção na localidade de Lém Rocha, em Ribeira da Barca, no município de Santa Catarina, e provocou algumas fissuras na ponte/passagem aérea e fez ceder parte do parque infantil, nas obras de requalificação da orla marítima, orçadas em mais de 27 mil contos, e inauguradas em Outubro de 2019.

No entanto, em Santa Catarina, o muro de protecção na localidade de Lém Rocha, já foi requalificado pela autarquia santa-catarinense.

Tal intervenção foi concluída em Junho de 2022, quase dois anos depois, num investimento de mais de 800 contos, no âmbito do plano de mitigação da seca e mau ano agrícola.

Já a parte do parque infantil que cedeu, recebeu “algumas obras de correcções” e a ponte da travessia da ribeira que acabou por ficar afectada, até hoje, não recebeu obras.

Relativamente à ponte/passagem aérea, mesmo com “algumas fissuras” a mesma continua a servir de passagem pelos moradores, que pedem a troca por uma metálica.

O município liderado por Jassira Monteiro, sem, no entanto, avançar o montante e a data do arranque das obras destruídas em Ribeira da Barca, assegura que vão ser financiadas pelo Governo, através do Fundo do Turismo.

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