Política

Sanches reagia assim no programa Fora da Caixa da Rádio de Cabo Verde (RCV) ao Índice de Coesão Territorial, promovido pelo Ministério da Coesão Territorial, em parceria com o Instituto Nacional de Estatística (INE) em que São Miguel figura entre os concelhos menos desenvolvidos.

Hélio Sanches mostrou-se surpreendido porque, segundo disse, além de ter recebido “muitos recursos” do Governo, o presidente da Câmara Municipal de São Miguel pareceu ser “muito dinâmico”.

“De facto, tinha uma grande visibilidade nas redes sociais. Mas, ao fim ao cabo, estamos a ver que São Miguel continua na cauda. Isso significa que nós temos que ter em Cabo Verde autarcas mais tecnocratas do que políticos”, disse. 

Ainda nos seus comentários, Hélio Sanches disse que Herménio Fernandes é um político que, de facto, tem boas relações com o poder, sendo ele membro da comissão política do MpD e presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde.

“Mas o seu município, ao fim ao cabo, que nós todos estávamos a pensar que estivesse em cima, está na cauda. Isso é algo que nós temos que refletir e ver que, de facto, por vezes é preciso deixar um pouco a política de lado e fazermos o trabalho em prol das populações”, recomendou falando numa percepção que às vezes se dá daquilo que não corresponde à verdade.

Hélio Sanches disse também que há outros municípios como o de São Lourenço dos Órgãos, dos Mosteiros e da Brava que são municípios onde os seus presidentes das câmaras “são discretos”, mas que têm “bons resultados”.