Política

Segundo Elisa Pinheiro, a Câmara “não é tida nem achada”, apesar de ter efetuado todo o levantamento dos estrados provocados a 11 de agosto, e acusa o Governo “de colocar de lado” a autarquia no que respeita à gestão dos fundos.

A autarca diz que os portonovenses estão cansados de esperar pelos recursos prometidos pelo executivo de Ulisses Correia e Silva, para fazer face aos danos provocados pela intempérie, e informou que, “desde a primeira hora”, a Câmara “arregaçou as mangas”, desobstruindo vias de acesso e garantindo apoios às famílias afetadas pelas cheias. 

A presidente da Câmara Municipal de Porto Novo, avançou ainda que já foi contratada uma empresa para a reposição dos pavimentos das artérias, cujas obras estão a decorrer.

Transferência dos recursos já havia sido solicitada ao ministro das Finanças

Esta é a segunda vez que a autarca portonovense se queixa da morosidade do Governo. Já em 13 de setembro, em encontro com o ministro das Finanças, ocorrido na cidade da Praia, Elisa Pinheiro referiu-se à demora no desbloqueio das verbas prometidas no âmbito do Fundo de Emergência Nacional e dos apoios de parceiros internacionais, e pediu que o Governo para agilizar o processo para “repor a normalidade nas comunidades devastadas pelas cheias". Um pedido que, pelos vistos, não mereceu ainda qualquer atenção do executivo de Ulisses.

Na ocasião, Elisa Pinheiro anunciou que um levantamento realizado pela autarquia apontava para a necessidade de uma verba de quase 140 mil contos para restituir a normalidade no município, com intervenções nas acessibilidades, nos sistemas de abastecimento de água, nas habitações, entre outros aspetos.