Não pode haver dois pesos e duas medidas e as responsabilidades devem ser assacadas aos deputados envolvidos na briga, no caso, Moisés Borges e Emanuel Barbosa, proporcionalmente às suas responsabilidades políticas e pessoais no conflito. Esta é a posição que o PAICV pretende tomar em relação a este dossier, segundo confidenciou ao Santiago Magazine, uma fonte próxima dos tambarinas. Neste contexto, o PAICV vai pedir a destituição de Emanuel Barbosa de todos os cargos de responsabilidade, como sejam Vice-presidente do Grupo Parlamentar do MpD, Presidente do Grupo de Amizade Cabo Verde/Portugal, Presidente da Comissão Parlamentar para as relações exteriores e cooperação, entre outros cargos que vinculam a casa parlamentar e beliscam a imagem do país.
Segundo a nossa fonte, este assunto é melindroso e exige uma posição firme das autoridades, não podendo, por isso, ser tratado ao gosto do freguês.
Na ausência de uma comissão de ética parlamentar, o PAICV defende um trabalho de investigação minucioso para se apurar a origem e conteúdo das agressões, sejam verbais, discursivas ou outras, que culminaram com o confronto físico entre os dois sujeitos parlamentares, no passado dia 9 de Novembro.
Até lá, a nossa fonte informa que o PAICV exige que Emanuel Barbosa, se tal medida deve ser aplicada Moisés Borges, seja destituído de todos os cargos que desempenha no quadro das suas competências como deputado nacional, a saber: Vice-presidente do Grupo Parlamentar do MpD, Presidente do Grupo de Amizade Cabo Verde/Portugal, Presidente da Comissão Parlamentar para a relações exteriores e cooperação, entre outros cargos de grande relevância institucional e que ficaram conspurcados com o incidente do passado 9 de Novembro. O que é válido para um deve ser válido para todos.
O PAICV defende ainda, a crer na nossa fonte, que os sujeitos parlamentares não podem e nem devem encarar esta questão de ânimo leve e muito menos assumir o papel de juíz no processo.
Por se tratar de um assunto que coloca o centro do poder político em Cabo Verde – a Assembleia Nacional – no topo do conflito, adulterando e beliscando a própria democracia nacional e suas instituições, a posição do Estado deve ser clara, assertiva e promotora da paz e da solidariedade social.
A batalha campal entre os dois partidos do arco do poder já está lançada. Os próximos desenvolvimentos vão mostrar se o país é gerido pelas leis e pelo direito, ou se mediante as circunstâncias e as oportunidades conjunturais.
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