Política

Durante o acto de apresentação da lista de candidatos ao círculo eleitoral de São Vicente, realizado quinta-feira na Praça Dom Luís, no Mindelo, António Monteiro pediu a ajuda dos cabo-verdianos e de estrangeiros com nacionalidade cabo-verdiana para dar a Cabo Verde um “novo rumo”.

“Precisamos de uma terceira via, um caminho diferente daquilo que tem tido até hoje, porque se gostamos de Cabo Verde, se amamos este país e estas ilhas não podemos ficar indiferentes”, considerou a mesma fonte, adiantando que as suas listas não têm pessoas somente da UCID, mas “escancararam” o portão a pessoas que não são do partido, mas, que consideram ser “importante e que junto com a UCID podem com força e inteligência servir Cabo Verde”.

Isto, porque, ajuntou, a UCID “não é um objectivo em si, mas sim uma plataforma política, um instrumento político e uma ferramenta colocado pelos dirigentes ao serviço de todos os cabo-verdianos”.

António Monteiro asseverou que a lista, apresentada na noite de quinta-feira, é para servir São Vicente, mas com olhos em todas a ilhas e na emigração, para terem capacidade de ser o “tempero”, que falta ao parlamento.

“UCID precisa do vosso apoio no dia 18 de Abril, precisa da vossa força, da vossa energia positiva para juntos criarmos uma sinergia para defender Cabo Verde desse rumo que segue”, apelou o cabeça-de-lista de São Vicente e candidato a primeiro-ministro à uma plateia bem composta.

A UCID, conforme a mesma fonte, está “profundamente comprometida” com a “felicidade” do povo cabo-verdiano, já que está nesta luta “pelas pessoas e servir cidadãos”.

“Cabo-verdianos e cabo-verdianas não permitam que nenhum partido vos marque, que nenhum partido vos faça de joguete e que, consoante circunstância, vos utilize enquanto pessoas e depois abandone cada um à deriva”, exortou António Monteiro, adiantando que o partido “quer fazer mais e melhor para São Vicente e para o País”.

O líder da UCID enumerou as prioridades que levarão para as próximas sessões na Assembleia Nacional, caso consiga eleger oito, dez ou mais deputados, sendo a primeira servir o povo, que é “patrão dos políticos”.

Disse ainda que a plataforma eleitoral incide, essencialmente em pilares como a regionalização, transportes, economia, saúde e educação.

O acto teve ainda a intervenção do jurista Amadeu Oliveira, que se encontra envolvido em polémica ao responder, neste momento, em tribunal por 14 crimes de ofensa e injúria a juízes do Supremo Tribunal de Justiça.

Amadeu Oliveira, que é o terceiro da lista UCID, não quis falar da sua situação em particular, mas declarou que a sua origem política nunca foi UCID, mas agora faz parte da lista de São Vicente “fruto de uma análise consciente e séria”.

“Como eu que venho de fora e pedi para estar com a UCID, acho que qualquer cabo-verdiano de bom sentimento e boa alma e com um mínimo de capacidade de observação é capaz de ver sozinho que como está, não pode continuar”, considerou a mesma fonte, adiantando que a UCID “mais do que uma urgência é uma emergência”.

O jurista, criticando tanto o Movimento para a Democracia (MpD, poder) e o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) pediu aos presentes a ajudarem e convencerem pessoas de outras ilhas a ajudar o partido a ter um grupo parlamentar de pelo menos oito deputados.

A lista da UCID para São Vicente é encabeçada por António Monteiro, seguido de Zilda Oliveira, Amadeu Oliveira, Dora Pires, João Santos Luís, Nilton Rocha, Viviane Rocheteau, Nelson dos Santos, Ana Fernandes e Mateus Silva, que ocupa a décima posição e mais seis suplentes, que foram todos apresentados na noite de quinta-feira, no Mindelo.