Dos 63 lugares que compõem o Althing, 30 deles são ocupados por mulheres (menos três depois da recontagem). Ainda assim, são mais mulheres do que na eleição anterior.
A Islândia festejou ter-se tornado o primeiro país da Europa a ter mais mulheres do que homens no parlamento depois das eleições deste sábado, mas a recontagem dos votos, já no domingo, mostrou que afinal não — mas por pouco.
A contagem inicial mostrava que 33 dos 63 lugares o Althing (52%) tinham sido ocupados por mulheres — uma percentagem inédita a nível europeu. A recontagem, no entanto, retirou três lugares às deputadas femininas — mais do que as 24 deputadas nas últimas eleições, mas o mesmo número de 2016. A Islândia ultrapassa assim, por pouco, a Suécia, que tem 47% de mulheres no parlamento.
Fora da Europa, recorda do The Guardian, há cinco países no mundo onde a representação de deputadas corresponde a pelo menos metade dos lugares: Ruanda (61%), Cuba (53%), Nicarágua (51%) e México e os Emirados Árabes Unidos, ambos com 50%. À semelhança de outros países, a Islândia não adotou o sistema de quotas legais de representação feminina no parlamento. A Islândia foi também o primeiro país a eleger uma mulher presidente em 1980.
O mesmo jornal esclarece que as eleições de sábado deixaram Katrín Jakobsdóttir, primeira-ministra islandesa, com um futuro incerto depois da sua parte da coligação, o Movimento de Esquerda Verde, ter saído enfraquecida das eleições — conseguiu oito lugares, menos três do que em 2017. Já o conservador Partido da Independência manteve os 16. Ainda assim, o grande vencedor parece ser o Partido Progressista, de centro-direita, que conquistou mais cinco lugares, ficando com 13.
Até agora, o Governo era composto por uma coligação esquerda/direita do Movimento Esquerda-Verde, do Partido da Independência e do Partido Progressista — antes das eleições, a coligação prometeu conversar sobre o futuro caso conseguisse manter a maioria.
A coligação proporcionou quatro anos de estabilidade no país: esta é apenas a segunda vez desde 2008 que um governo chega ao fim do mandato devido à grande desconfiança face aos políticos na Islândia.
Fonte: Observador
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