
A coligação exige a imediata libertação do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e a conclusão do processo de apuração das eleições, condena com veemência o golpe de Estado e as tentativas de coação junto da CNE, faz um apelo à comunidade internacional e pede firmeza e serenidade ao povo guineense.
A coligação PAI-Terra Ranka, que apoiou a candidatura de Fernando Dias Costa nas eleições presidenciais do último domingo, 23, considera que, “apesar das “várias tentativas do regime para condicionar o processo eleitoral, milhares de eleitores fizeram livremente a sua escolha”. Uma escolha que, segundo a coligação, elegeu o seu candidato como presidente da República da Guiné-Bissau.
“Na véspera do anúncio dos resultados eleitorais, (…) o país foi surpreendido por um estranho golpe de Estado cujos contornos ainda estão por esclarecer, supostamente para derrubar o presidente da República Umaro Sissoco Embaló”, pode ler-se no comunicado.
Uma versão que não convence a PAI-Terra Ranka, alegando que “no decurso do suposto golpe de Estado, forças militares invadiram as instalações da Diretoria de Campanha do candidato Fernando Dias da Costa, numa altura em que este e o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, se encontravam reunidos com observadores internacionais para avaliar o processo eleitoral”, e esclarecendo que “dessa invasão, resultou a detenção de Domingos Simões Pereira e de dois dos seus seguranças, bem como de Octávio Lopes, Mandatário Nacional do candidato Fernando Dias da Costa. Segundo informações apuradas, os detidos foram conduzidos às instalações prisionais da 2ª Esquadra em Bissau”.
Tendo em conta a “gravidade da situação, a coligação condena “com veemência este suposto golpe de Estado” que “é uma tentativa desesperada de Umaro Sissoco Embaló para travar a proclamação dos resultados eleitorais que o colocam como candidato derrotado na 1ª volta das eleições presidenciais”; ao mesmo tempo que exige “a imediata libertação de Domingos Simões Pereira e dos demais detidos”, imputando às autoridades militares “a responsabilidade por quaisquer atentados à vida e à integridade física dos mesmos”, e exigindo a retoma e a conclusão do processo de apuramento eleitoral, incluindo o anúncio previsto dos resultados eleitorais, nos termos da lei”, ao mesmo tempo que condena “qualquer tentativa de coação junto da CNE com o propósito de adulterar os resultados eleitorais, que dão claramente o candidato Fernando Dias da Costa como vencedor das eleições presidenciais” do último domingo.
Por último, a coligação Pai-Terra Ranka apela à comunidade internacional para “acompanhar a situação delicada criada com este simulacro de golpe de Estado e a desempenhar um papel ativo na busca de soluções para se por fim a esta encenação”, apelando, ainda, ao povo guineense para que “se mantenha firme e sereno e que aguarde por posteriores orientações políticas” que serão divulgadas pela coligação.
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