![O Mundo em novas conjunturas geopolítica e geoeconómica: O papel e relevância da Inteligência artificial [II]](/content/img/silvino_batalha_2.jpg)
A edição da primeira parte deste artigo de opinião, teve lugar em meados de Agosto do presente ano económico, graças ao habitual e grande gesto de Santiago Magazine [Cf.: https://santiagomagazine.cv/ponto-de-vista/o-mundo-em-novas-conjunturas-geopolitica-e-geoeconomica-o-papel-e-relevancia-da-inteligencia-artificial-i. Divulgado a 18.09.2025]. Isto é, deste grande jornal digital, de renome e repercussão internacional. Isto deve-se ao facto de se tratar de um jornal de grande destaque, tendo alcançado uma grande performance qualitativa [no sentido literário das coisas], não só no seio da grande diáspora cabo-verdiana, espalhada pelo mundo, mas também no da comunidade lusófona [países da CPLP, PALOP], e não só. E não estou, irmãos, a bajular, nem fazer elogios gratuitos, em prol da obtenção de audiências ou demais oportunidades, em termos de partilha das minhas teses de desenvolvimento. Nunca. Não é isso, não. Até porque, desde o início do percurso literário deste magnífico jornal, lembro-me de ter sido convidado para fazer espelhar minhas ideias de desenvolvimento, à semelhança do que vinha fazendo, a nível dos restantes jornais nacionais, a começar pelo “Jornal Horizonte” - palco da minha primeira experiência literária, com o regresso ao país. E por isso, daqui, aproveito esta nobre oportunidade, para agradecer tanto o Estado [ou Governo] cabo-verdiano, como o governo russo, por essas e outras oportunidades.
Mas, porquê, irmãos? A minha ambição de escrita começou, ainda muito cedo, a partir do momento em que uma estudante russa da mesma universidade [apesar de pertença a diferentes faculdades], onde eu frequentava, conjuntamente, com o meu grande amigo e irmão Gregório Landim, deu à estampa o seu primeiro livro, ainda no seu 3º ano de curso superior. Então, a partir daí, a cobiça e minha vontade de crescimento e expansão pessoal [Risos]. Kubisa, inda, é ka pekado! Pekado é ódio e inveja [Risos]], falaram mais alto, tendo partido para um sonho, nessa altura, de escrita e publicação de um livro que hoje, já nem faz parte da minha ambição pessoal de desenvolvimento, pelo menos, momentaneamente. Se calhar, se eu quisesse na verdade, já o teria feito, há muito tempo, pela posse de algos palpáveis que não gostaria de expor, evitando incorrer no risco de exibicionismo que, como se sabe, não constitui o meu modus vivendi, isto é [doravante na sigla i.e], não faz parte do meu estilo filosófico e conservador de desenvolvimento [relacionamento interpessoal]. Na sequência, lembro-me de ter abordado um amigo russo [então especulador do mercado financeiro] que frequentava o lar estudantil, onde eu residia, tendo me prometido, na altura, ajudar nesse sentido, embora os duros estudos nesse país, não me tivessem permitido a realização desse sonho [Risos]. Porém, o êxito dessa estudante russa que nem cheguei a conhecer pessoalmente, ficou na minha mente, até que um dia um dos meus orientadores de trabalho científico [o Professor catedrático Nicolay Nikolaevich Riábsev] me prometeu uma oportunidade, em termos de realização de estágio curricular de Politologia [Ciência Política], na faculdade, onde estudava essa estudante, na altura, já recém-formada. E, o aludido docente que ali também lecionava, cumpriu com essa promessa, favorecendo a minha atuação nesse campo académico, mesmo para além do exercício desse tipo de estágio, o que aproveito para lhe agradecer, assim como o saudoso Professor Yuri Zaprudsky que, igualmente, me deu essa oportunidade de intervenção profissional [o de lecionar] nesse mundo académico [bem como docentes, como: Víctor Pávlovich Makárenko, Dmitry Koratétsi, Alexandr Konavalof, entre outros, todos eles catedráticos, a partir daqui [da amável República de Cabo Verde]. E assim, pude ministrar aulas, ali, numa vasta sala, onde só frequentava estudantes russos, ministrando conteúdos relacionados com a geopolítica e desenvolvimento. Bem, com essas palavras introdutórias, movendo o surgimento dessa segunda parte do texto, fica, assim, expresso o meu enquadramento na literatura cabo-verdiana, a partir de uma aventura académica que se começou na federação russa, a partir dos meados dos anos [19]90.
Para começar, dizer que essa primeira edição deste artigo de opinião [Parte I], reportou sobre o papel e relevância da chamada “Inteligência Artificial” [na sigla “IA”, mais adiante], nessa conjuntura geopolítica mundial, marcada sobretudo por incertezas que invadem a nossa mente e tirando-nos o sono, por inerência dos problemas geopolítico e geoeconómico, caraterizados pela situação de insegurança, a nível mundial. Pudemos, ali, falar que a era de incerteza que o mundo tem vivido, em diferentes fases da sua evolução e desenvolvimento, nas suas vertentes política e económica [especificamente], foi responsável pela experiência das mais variadas invenções que acabaram não só por motivar o desenvolvimento de competições entre potências mundiais, mas também por gerar confrontos que acabaram, muitas vezes, por desestabilizar a sociedade, de um modo geral. Estamos perante transformações inéditas, proporcionadas pela contínua revolução industrial [iniciada desde o Séc. XVIII] e, estendendo-se ao percurso da Guerra-fria que apoderou o mundo, a partir da 2ª Guerra Mundial, irradiando meio século de sua vigência e desencanto, no sentido sociológico das coisas.
Estamos a falar de uma espécie de acontecimento que se entrelaçou, entre os Estados das chamadas “Esferas Norte e Oriental [Leste] de desenvolvimento, a procurarem-se desenvolver, cada vez mais, numa ótica de transformação de suas sociedades e suas economias. Tudo isso, a ponto de se refugiarem nos brios de investiduras de armamento, confrontos e defesas, mediante a invenção e o aproveitamento do significado e relevância da IA. Foram no caso de Estados afetos à chamada “Civilização Ocidental”, na linguagem politológica [i.e, da Ciência Política], assim por dizer. Figuraram-se, por um lado, os países anglo-saxónicos, nomeadamente os Estados Unidos da América [EUA, mais adiante], o Reino Unido, a Austrália e Canadá e, por outro, a Alemanha, a França mais o Japão, no continente asiático. Trata-se, neste caso particular, de mecanismos de defesa e proteção, diante das declarações, convivências e dinâmicas de guerras ou confrontos diretos entre Estados, como podemos referir, por outras palavras, nessa primeira edição desse artigo de opinião. A esfera leste de desenvolvimento compreende, como é óbvio, a liderança soviética [Rússia] de então.
A exposição dessa fúria e desafios de batalhas e transformações, então verificada, no seio dessas esferas de desenvolvimento [Norte e Oriental], foi possível, graças ao desenvolvimento de tecnologias que alimentavam o poder da Inteligência Artificial. Isto, para dizer, nessa altura, principalmente, numa perspetiva de aprimoramento dos mecanismos de defesa, em eventuais declarações de guerra ou ataque de inimigos. E se a IA teve o seu impacto nessa disputa geopolítica de então, hoje ela torna-se cada vez mais visível, nos quadros de desenvolvimento e transformação económica, social, política e, mesmo da segurança e defesa das nações, com as superpotências mundiais a se figurarem na liderança dessa tecnologia, conforme referido no artigo anterior. As referências das informational tech development industries, como a Microsoft Corporation e a Google [o grupo Alphabit], fizeram eco nessa primeira edição do texto, ao destacar os benefícios que essas grandes indústrias de telecomunicações tiveram, em virtude de investimentos em setores estratégicos da IA, com resultados invejáveis, em termos da projeção e alcance de valores bilionários de mercado. Relativamente à liderança do primeiro, ou seja, da Microsoft, o seu Ceo Satya Nadella [referido anteriormente], ilustrador de uma filosofia administrativa invejável, nos termos da necessária engenharia económica dessa indústria revolucionadora, tem sido visto, como sendo alto e destacado potencial de liderança, em mercados de concorrência renhida, onde a Aple se espreita reconquistar o seu lugar de destaque, no quadro dessa dinâmica inovadora das Tic’s.
Tendo em consideração a origem [indiana] desse grande gestor de topo, vale realçar o facto de que aos EUA, numa dinâmica de procura e defesa de seus interesses estratégicos, importa, acima de tudo, o conhecimento [ou seja, a capacidade transformativa e não a origem, raça ou a questão étnica e religiosa]. E é isso que os fazem serem diferente dos outros, pela positiva, obviamente. E, os seus magnatas, aproveitando dessa filosofia sui generi de desenvolvimento económico, apoderam dessa iniciativa desenvolvimentista, aproveitando de todos aqueles que se mostram competentes, numa lógica de desenvolvimento, recuperação e transformação de suas atividades económicas [de seus negócios]. Por isso, não é à toa que Elon Musk [o homem mais rico do mundo, oriundo do continente africano, tendo sido ultrapassado, temporariamente, pelo Magnata americano Larry Ellison, Ceo da Oracle], beneficiou de investimentos milionários da parte do Estado norte americano, com impacto invejável, a nível do contínuo desenvolvimento, revolução e pujança tecnológica desse país [EUA], em vários domínios do seu desenvolvimento. Foi algo do momento essa conquista ellisonana, porque ele [Mr. Musk] já reconquistar o seu trono do number One.
Na verdade Elon Musk já foi superado várias vezes, inclusive por Mark Zuckerberg. Veja que também esse último magnata [Mark Zuckerberg] e um dos homens mais ricos do mundo, está, igualmente, aproveitando cérebros de descendência asiática, viabilizando, assim, o seu destaque, no contexto das grande e nobre concorrência existente no mercado das Tic’s. Isto, pela sua intenção de captar e aproveitar conhecimento e invenção adicional, no campo da IA. Deste modo, seria ideal que a República de Cabo Verde considere conquistar e cultivar, ad eternum, a sua [i]maturidade política, abandonando a teia da partidarização [politização] da sua sociedade, combatendo-as de uma forma célebre e, contribuindo para a conquista do seu digno e almejado espaço, nas esferas geopolítica e geoeconómica de desenvolvimento. É aqui, irmãos, que se enquadram os termos e necessidade da promoção do profissionalismo, como sendo condição sine qua non de desenvolvimento desta nação. Tendo em consideração, essa minha colocação, diria, a título de esclarecimento [evitando dúvidas], que essa atitude pouco dignificante para o país, não constitui observação ou constatação específica de uma determinada instituição em particular, mas sim, uma mera observação sobre estereótipos de comportamento, a nível de todo o ecossistema político e social de desenvolvimento [abrangendo-se quase que todo o universo político crioulo], de um modo geral.
Neste sentido, nos termos da necessária filosofia de alteração continua do estado de coisas, de um modo geral, diria que devemos todos nos unir para uma viagem segura de desenvolvimento, procurando-nos definir, rigorosa e religiosamente, como tal, nos termos da defesa de interesses comuns, beneficiando o nosso Estado, seu povo e sua população. Isso, irmãos, constitui uma espécie de contribuição que muito gostaria de deixar, em prol do desenvolvimento harmonioso, integrado e equilibrado desta nação. Posto isso, torna-se tão relevante quão necessário sublinhar que, nesta e noutras reflexões, não existe nenhum sentimento, nenhuma declaração, do ponto de vista ideológico, afetando a nossa esfera [ambiente] de desenvolvimento, por simplesmente não constituir parte integrante da minha condição ética de desenvolvimento individual. Isto significa que, nenhuma instituição em particular, nem seus agentes [funcionários] e dirigentes, constituem objeto de discussão, nesse e em qualquer outro palco literário do género. Posso dizer, tratando-se de uma visão construtiva de desenvolvimento, mediante essa abordagem específica, visando a melhoria continua do estado de coisas, ou pelo menos, da limitação do ciclo vicioso de abordagem. Até porque, se olharmos para a história de Cabo Verde, enquanto um país soberano, independente e democrático, a questão da politização da sociedade, sempre tem acompanhado e seguido a dinâmica da nossa evolução social. E esse facto, remonta ao início da formatação [formação] desta jovem nação.
Todavia, para a tranquilidade de todos nós, isto pode constituir parte integrante da cultura ética de países, altamente, industrializados, embora quase que exclusivamente, em tempo de campanha eleitoral. É o que, por vezes, nem a mais pujante economia mundial [os EUA] tem podido evitar, perante a tradição democrática da filosofia bipartidarista de desenvolvimento, com séculos de existência, do ponto de vista histórico-funcional. Isto, nos termos da cantada enlouquecedora dos partidos conservador [republicano] e democrático, durante teatros de investidura [campanha] eleitoral. Só que, ao contrário do que acontece na esfera Sul de desenvolvimento, onde CV faz parte integrante, os EUA têm sabido separar as coisas, beneficiando os seus interesses estratégicos de conseguir e manter o domínio económico, por muito tempo. Isto, para dizer que nenhum Estado pode desenvolver-se, eficazmente, num cenário de exacerbação de atitudes pouco dignas [comportamento inadequado] da parte do seu povo [evitando, porém, generalizar esse aspeto, sem dúvida].
Deste modo, torna-se importante sublinhar que os políticos, sobretudo os parlamentares, devem se definir e se fazerem espelhar-se, enquanto modelos de desenvolvimento de uma sociedade, fazendo garantir a disciplina de unidade, do patriotismo [no bom sentido das coisas], da solidariedade, morabeza e amor ao próximo, numa só palavra. E é isso que queremos para este Estado [para Cabo Verde] ˗ uma visão comprometedora e desenvolvimentista de transformação, em virtude da garantia do nosso contínuo crescimento. E, deste modo, podemos, facilmente, viajar no mesmo barco de desenvolvimento, por via da procura de importação da dinâmica mundial da inteligência artificial e o conduzirmos, eficazmente, até à chegada a um bom porto. Tudo isso, irmãos, garantindo benefícios claros para este país, seus cidadãos e, fazendo-nos elevar e maximizar as nossas performances geoeconómica e geopolítica e se destacando, na esfera global de desenvolvimento.
Retomando a ideia do súper Engº Zuckergerg [empresário norte americano*Ceo da Meta], como grande apaixonado pela inovação no campo das Tic’s, ele tem-se mostrado assimilador [consumista] da filosofia norte americana de desenvolvimento, aproveitando e apoderando de cérebros jovens, independentemente da condição étnica das coisas. Estamos a falar, nesse caso particular, do forte investimento, promovido pelo aludido magnata, através do recrutamento de uma das promessas da IA – o Mr. Alexandr Wang [Ceo da Scale AI], de apenas 28 anos de idade [sendo ele mesmo bilionário jovem e cofundador da Start up, de relação com a referida empresa], no âmbito da pretendida viabilização do seu projeto de Superinteligência Artificial, conforme a expressa orientação da IA, sendo exposta ao meu jeito incentivador [Risos] Cf.: AI, Microsoft 365. Acedido a 14.09.2025]]. Irmãos, essa colocação serve, inclusive, de chamada de atenção, face à necessidade da conquista contínua da nossa unidade, da nossa maturidade democrática, evitando a exposição de certas atitudes, consideradas nefastas para o desenvolvimento deste nobre país, como podemos revelar em linhas anteriores.
Ora, voltando atrás para a ligação desse raciocínio lógico, eu tinha começado esta reflexão, com menção introdutória ao meu enquadramento no mundo literário nacional, mediante a alusão ao Estado russo, onde me formei, inicialmente, depois da conclusão de estudos secundários, no liceu de Assomada e escola de ano zero na Praia [ASA], nos meados dos anos [19]90. Para ser claro, ciente do mais gritante problema geopolítico mundial, essa minha referência à federação russa, não e nunca pode servir de propaganda [política], a favor de nenhum Estado. Isso, sim, constitui uma espécie de paginação da história individual, no sentido do reconhecimento [forma de agradecimento], por algo ou determinados benefícios pessoais.
A ser verdade, notem que nunca me possa, por exemplo, sair de memória, a minha primeira aproximação ao contexto linguístico internacional, i.e, ao aprendizado da língua inglesa, graças ao apoio incondicional dos EUA, assim como de suas assistências [apoio] a outros domínios de desenvolvimento deste arquipélago, mediante o estabelecimento de parcerias chaves de desenvolvimento entre esses dois Estados [CV e EUA]. Sou, particularmente, muitíssimo grato por tudo isso. Em matéria do ensino da língua inglesa, por exemplo, o povo e os diferentes governos cabo-verdiano, beneficiaram, bastante, da metodologia e disciplina, assim como motivação do governo americano, através do então apelidado “peace corpus” [corpus da paz], então responsável pela aplicação [divulgação] dessa língua neste país, pelo menos, a nível do ensino secundário, com impacto, a nível do desenvolvimento do setor turístico, constituindo a grande fatia do bolo orçamental.
Isto traduz a ideia de que tive[mos] a oportunidade, em termos de aproximação a essa língua internacional [de negócios], por via da intervenção [ou seja, atuação] de nativos americanos, enquanto professores da língua inglesa, razão pela qual, aproveito para manifestar, particularmente, a minha total gratidão por esse e outros feitos importantes, por inerência da intervenção do governo americano. E no concernente à língua inglesa em particular, não escondo o facto de me sentir, mesmo, muito orgulhoso poder comunicar nessa grande língua estrangeira. Ainda me lembro, perfeitamente, das professoras Fanshen Cox, Rebecca Young, assim como do professor Shang Wang Whu [sendo este último, talvez americano de origem chinesa] – meus professores dessa língua estrangeira, durante a frequência de meus estudos secundários, no liceu de Santa Catarina [o único da época, no interior de Santiago]. Hoje já não existe liceu na tradição académica lusófona, em virtude de reformas empreendidas, graças às evoluções económica, social e política. Existem, sim, escolas secundárias.
No entretanto, irmãos, se é verdade que nutro bastante respeito para com o povo americano, sua língua e sua cultura, não é menos verdade o facto de que não posso e nem devo [e nem devemos] ignorar ou deixar de reconhecer os valores que me/nos foram proporcionados pela Rússia, pelo seu povo, sua língua e sua cultura, tendo a ver, como é óbvio, com uma oportunidade ímpar de formação [de nossos milhares de quadros]. Dizer, obviamente, que não posso esconder, particularmente, o meu sonho de conhecer a américa e poder fazer uma espécie de formação avançada na Universidade de Harvard e, mais concretamente, em Harvard Business School e, poder conquistar e concretizar, com maior facilidade, o sonho milionário [Risos]. E falando dessa magnífica instituição do ensino superior norte americana, eu estaria muito bem comigo mesmo, caso um dia eu venha poder conhecer, conviver e assistir aulas ministradas por cientistas políticos e sociais, como Stephen M. Walt, John Mearsheimer, assim como Joseph S. Nye [sendo todos eles, considerados geopolíticos], entre outras figuras da proa académica americana.
Irmãos, curiosa ou coincidentemente, a Rostov State University [mas em russo, obviamente], onde eu e os demais estudantes cabo-verdianos nos formarmos e a Harvard University, pintaram o mesmo quadro perfomativo, conjuntamente com a University of Cambridge, entre outras instituições de ensino superior [espalhadas pelo mundo], durante algum tempo. Isto, no contexto da avaliação de indicadores chaves de desenvolvimento institucional [ou seja, de perfomances académicas], ao se terem figuradas na lista das 14 melhores universidades do mundo, segundo um estudo divulgado em [19]97. Dizer que desde 2006, a primeira [Rostov State University] passou a ser designada por “South Russian Federal University” [igualmente, na língua russa], se calhar no contexto do pensamento ou investiduras do marketing académico, pelo valor associado. Bem, não sei bem disso, podendo ser, obviamente, uma das leituras possíveis, uma vez que na região sul, para além do aludido, existem vários estabelecimentos de ensino superior de cunho público.
Portanto, para dizer que não me canso de repetir que nenhuma espécie de propaganda faz e pode fazer escolas em minhas narrativas [teses] de desenvolvimento. O que eu faço e venho fazendo, tanto com relação aos EUA [e a civilização ocidental, de um modo geral], quanto com relação à Federação da Rússia, constitui uma espécie de reconhecimento, como já referido, pelo papel destes países, no contexto do desenvolvimento económico, social e mesmo político da nação crioula [Cabo Verde] e não uma mera e desvalorizada propaganda política. Isto, porque essas atitudes, nunca poderão fazer parte da minha condição de desenvolvimento pessoal. Neste sentido, considerando a atual conjuntura geopolítica de desenvolvimento, envolvendo as questões russa e ucraniana, nós os ex-estudantes, provenientes da Rússia, por vezes somos questionados sobre nossos posicionamentos, com relação a esse problema. E a nossa resposta tem traduzido sempre na ideia de uma plena manifestação do nosso inconfundível interesse e vontade da paz perpétua, pelo menos entre esses dois Estados irmãos. O contrário não podia e nem se pode verificar. Até porque, na esfera histórico-estatística nacional, há um número considerável de quadros cabo-verdianos que também se formaram em solo ucraniano, durante a união soviética, ciente do facto de que Kiev [capital da Ucrânia] era capital da URSS, antes do colapso do bloco soviético, ocorrido entre os finais dos anos [19]80 a início dos anos [19]90.
Eu, particularmente, venho me refugiando na posição de neutralidade política, evitando a condenação de um lado do conflito, em detrimento do outro, como é natural [Cf.: o artigo de opinião, publicado a 09.01.2024, sob o link: https://santiagomagazine.cv/ponto-de-vista/estado-geopolitica-e-geoeconomia-versus-seu-statu-quo-a-relevancia-da-performance-financeira-e-belica-de-um-estado-i]. Portanto, irmãos, numa breve expressão, nós somos partidários [ie, a favor] da paz, evitando, porém, se perfilarmos na linha do pensamento de nenhum lado de seus aliados, ou seja, nem a favor da esfera ocidental de desenvolvimento, envolvendo a NATO e a União Europeia, nem do eixo oriental, integrando a Correia do Norte, China e os BRICS, de um modo geral.
Para terminar, gostaria de dizer [Risos], que considerando a dinâmica apropriadora da Inteligência Artificial, no quadro do desenvolvimento integrado de qualquer nação, Cabo Verde já deve dar o próximo passo, em termos da valorização do papel, potencial e importância dessa grande inovação tecnológica. Mas qual e como? Do ponto de vista académico, trata-se da introdução da IA, assim como de criptomoedas, pelo menos a nível do ensino superior e, fazer generaliza-las no universo educativo, sobretudo em termos da primeira [ie, a IA]. Podemos partir, à primeira abordagem, pelos cursos relacionados com as TIC’s, nomeadamente: Engenharia Informática; Engenharia de Programação de Sistemas e mesmo o curso de Informática e Multimédia, a começar, preferencialmente, pelas instituições do ensino público, como a UNICV [Universidade de Cabo Verde] e um pouco pelo privado e, neste caso particular, a universidade Jean Piaget de Cabo Verde, pelo seu perfil, em termos de ofertas formativas, como é natural.
Se dependesse de mim, essa oportunidade [de introdução da IA, no currículo académico] também estender-se-ia, a nível dos ensinos básico e secundário. Relativamente à institucionalização do sistema de criptomoedas, ainda é evidente, infelizmente, a existência de tabu, a nível de setores públicos e privados, sendo normal e compreensível. Sim, tem-se notado alguma ponderação, face à sua introdução, a nível do nosso ecossistema financeiro de desenvolvimento, se calhar pela perceção do risco associado.
E devo dizer que respeito, plenamente, essa decisão de cautela, da parte do Banco Central, nesse aspeto específico, embora dificilmente, podemos fugir dessa aventura inovativa [económico-financeira], uma vez que já se verifica a presença de empresa(s) ou mercado “Cripto” no arquipélago. Não me questionem sobre esse facto, porque não tenho ligação físico-institucional nenhuma com essa(s) empresa(s), desconhecendo, mesmo seu(s) paradeiros. Pretendo, sim, mais tarde, me mover nesse ecossistema financeiro de negócios, mas mediante o desenvolvimento de estratégias de investimento em carteiras específicas, de longo prazo, podendo-me limitar a realizar investimento em ativos digitais seguros, mediante a proteção de corretoras [ou seja, uma espécie de bolsa de valores] mais fiáveis possível, como no caso concreto da “Binance”, conhecida nesse ecossistema digital de investimento, como sendo a mais segura do mundo.
Isto é, também ela, sendo a primeira surgida, no contexto da eclosão [aparecimento] do mercado de ativos digitais, estando atrelada ao Bitcoin [a primeira criptomoeda], datada de Janeiro 2009, surgido por sua vez, em resposta à crise económica de 2008 – a mais severa, desde a grande depressão de [19]29, como algures enaltecido. Praia, Setembro de 2025.
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