Desde sábado 20 de janeiro que a administração pública norte-americana está parcialmente encerrada. O “shutdown” deve-se à falta de acordo no senado para aprovação do orçamento, que deveria garantir a continuidade dos serviços.
O documento, que deveria ter sido aprovado na sexta-feira, 19, contou com votos contra das duas alas. Sem acordo entre republicanos e democratas a maioria dos serviços públicos mandou para casa os funcionários, com licença sem vencimento, até que a situação seja regularizada.
Apenas os funcionários de aréas consideradas "essenciais", como a segurança, continuam a trabalhar.
As consequências já se fizeram sentir durante o fim-de-semana. Vários serviços geridos pelo estado permaneceram fechados, entre os quais pontos turísticos como a estatua da liberdade em Nova Iorque.
Esta não é a primeira vez que a falta de aprovação atempada do orçamento deixa o país paralisado. O mais longo “shutdown” aconteceu entre dezembro de 1995 e janeiro de 1996, sob a presidência de Bill Clinton, e durou 21 dias.
Mais recentemente, em 2013, durante a administração Obama, houve também uma paralisação dos serviços.
No entanto, é a primeira vez que os Estados Unidos enfrentam uma paralisação num cenário em que o mesmo partido controla a Casa Branca e o Congresso.
No centro da discórdia está o diferente posicionamento de republicanos e democratas sobre os estatuto dos "dreamers". Imigrantes ilegais que chegaram aos EUA ainda menores e que beneficiavam de um estatuto aprovado por Obama, que lhes permitia estudar e trabalhar em terras americanas.
Sao quase 700 mil pessoas que correm agora o risco de serem expulsas dos EUA depois de Donald Tump ter-se recusado a renovar o decreto que lhes garantia a permanência no país.
Os democratas condicionam o seu voto favorável ao orçamento à apresentação de medidas concretas a favor deste grupo de pessoas.
Este segunda-feira deverá ser votado um acordo provisório para permitir a reabertura dos serviços.
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