Entrelinhas

Procurando recuperar do trauma que foi o chá das tias para apresentação da candidatura de Manuela Brito (também conhecida por Nelinha) à Assembleia Municipal da Praia - um autêntico fiasco! -, havia que criar uma distração para animar as hostes, um factoide que provasse a superioridade ventoinha frente ao opositor principal.

Como em termos de campanha a coisa está fraquita, com Corpo Rixu entre o papel de bobo de plantão e a exacerbação de supostos princípios éticos, espirituais e políticos, mas sem nada de substantivo que se note, havia que recorrer a fatores externos à cidade-capital para sublinhar a suposta superioridade, neste caso, festivaleira.

O Festival da Baía das Gatas estava mesmo à mão e o inefável Gust disponível para compor o ramalhete…

Empolgadas, as tias, logo começaram a debitar elogios ao feito grandioso do Augusto, ao seu contributo para o crescimento do turismo, da gastronomia e de mais tudo que se possa imaginar ou não, independentemente do custo festivaleiro.

As tias ventoinhas têm destas coisas, a incoerência e a tonteria toldam sempre a capacidade de raciocínio, e a sequência de tiros nos pés, de braço dado com o desespero, tornam-se fatais. Pobres tias, doidas tias desnorteadas.

Ou já se esqueceram do escândalo, do autêntico cacarejo sobre os custos do Festival da Gamboa, das insinuações, das especulações e das mentiras que visaram Francisco Carvalho? Aliás, sem nenhum êxito.

As tias andam doidas, coitaditas.

Doidas, doidas, doidas, andam as tias
Para pôr o veneno lá no buraquinho
Raspam, raspam, raspam p'ra alisar a terra
Bicam, bicam, bicam p'ra fazer o ninho