O Presidente da República sublinhou hoje que a criação de um impulso global para a promoção da literacia oceânica é a maior ambição da conferência sobre os oceanos que decorre no Sal até ao dia 8 de Junho.
José Maria Neves fez essa afirmação ao presidir ao ato da abertura da terceira conferência sobre a Década do Oceano, promovida pela Presidência da República, sob o lema “Oceanos Sustentáveis, Sociedades Resilientes, Educando para o Futuro”
Durante o seu discurso, o chefe de Estado prometeu fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que os resultados da Conferência sobre a Década do Oceano “se traduzam na melhoria da saúde e sustentabilidade dos oceanos”.
“Exercerei toda a minha influência para socializar as propostas e as recomendações que daqui saírem e contribuir, desse modo, para a formação de políticas governamentais, municipais e empresariais”, disse.
Entretanto, instou as universidades, investigadores, municípios e as ONG “a organizarem conferências, debates e estudos sobre as temáticas relacionadas com os oceanos”, visando contribuir para o “conseguimento” dos objectivos da Década e a gestão sustentável dos “enormes recursos” disponíveis nos mares.
“O futuro está intimamente ligado à vida dos oceanos, o que exige uma atitude positiva a seu respeito. Estamos, pois, perante desafios monumentais, que demandam nossa atenção e acção imediata”, continuou.
José Maria Neves lembrou que “está-se perante desafios, mas também oportunidades que são proporcionadas pelos oceanos”, que através da inovação e de investimentos em sectores como turismo sustentável, energias renováveis marinhas e biotecnologia, “pode preservar, mas também prosperar em harmonia com o oceano”.
“Temos que encontrar as melhores soluções, as que mais beneficiem o homem e o ambiente (…) esta Conferência terá como fito, reflectir o compromisso do país com questões como desenvolvimento sustentável, conservação marinha e cooperação internacional”.
Por outro lado, continuou, “é crucial continuar a promover a cooperação internacional para a conservação dos oceanos, caso do “Tratado do Alto Mar”, que o Presidente da República destacou como “vital para a proteção da biodiversidade marinha além das fronteiras nacionais”.
A mesma fonte reconheceu que “os nossos oceanos estão em um ponto crítico” e a sobrevivência de todo o ecossistema marinho “está em jogo”, e com eles, a própria vida na Terra.
“O momento é de acção. Cada dia de inação aumenta os danos infligidos aos oceanos e àqueles que dependem deles para subsistência e sobrevivência. Uma urgência que exige cooperação e concertação, num trabalho em rede, como forma de se chegar à meta ambicionada por todos”, apelou o chefe de estado.
José Maria Neves concluiu desejando que a conferência, que se prolonga até sábado, 8, “seja um marco significativo na jornada rumo à proteção dos oceanos” e que as discussões e iniciativas geradas neste encontro “sejam inspiradoras para agirem com determinação e urgência”.
“Juntos, podemos fazer a diferença e garantir que as gerações futuras herdem um planeta onde os oceanos continuem a prosperar e a nos inspirar”, concluiu.
Comentários