A confiança das famílias cabo-verdianas, no quarto trimestre de 2024, manteve uma evolução positiva quando comparado com o período homólogo, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o inquérito de conjuntura no consumidor, a confiança das famílias cabo-verdianas manteve a tendência observada no terceiro trimestre de 2024, ou seja, evoluiu negativamente, situando-se ainda ligeiramente acima da média da série.
Este resultado, segundo a mesma fonte, deveu-se à apreciação positiva das famílias sobre a situação financeira do seu lar, situação económica do país que evoluiu negativamente relativamente ao trimestre homólogo.
“Na opinião dos inquiridos, nos últimos 12 meses, os preços diminuíram e o desemprego aumentou, relativamente ao mesmo período do ano 2023”, lê-se no comunicado.
Quanto ao item poupança, a maior parte (91,1%) dos inquiridos no quarto trimestre de 2024 considerou que, ainda, a atual situação económica do país não permite poupar dinheiro.
No trimestre homólogo, segundo INE, esse percentual foi de 91,8%, o que representa um decréscimo de 0,7 pontos percentuais entre os dois períodos, sendo que 4,7% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país.
No trimestre homólogo o decréscimo foi de 4,2%, apresentando um aumento de 0,5 p.p.
Ainda segundo os inquiridos, para os próximos 12 meses, tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverá evoluir positivamente, face ao trimestre homólogo.
As famílias inquiridas acreditam que os preços dos bens e serviços deverão aumentar, enquanto o desemprego deverá diminuir, face ao trimestre homólogo.
“Cerca de 69 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta de que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos (contra 78,3% no período homólogo), representando um decréscimo de 8,9 p.p”, realça o inquérito do INE.
Relativamente a intenção de comprar ou a construção de uma casa nos próximos dois anos, ou seja, no quarto trimestre de 2024, 17,9% dos inquiridos afirmaram que “provavelmente sim”, irão construir ou comprar uma casa (contra 8,6% no período homólogo), representando um aumento de 9,3 p.p
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