...na teoria racial, o racismo nasce quando caracteristicas biológicas, fora utilizada, como justificativa de legitimação de uma raça em detrimento da outra. A raça é, e infelizmente ainda continua a ser uma invenção, de uma raça para legetimar a dominação. É justamente, o estabelecimento da relação intrínseca entre caracteres biológicos e qualidades morais, psicológicas, intelectuais e culturais que desemboca na hierarquização das chamadas raças em superiores e inferiores.
Etimologicamente, o conceito de raça veio do italiano razza, que por sua vez veio do latim ratio, que significa categoria e/ou espécie. A história das ciências naturais, nos contam que o conceito de raça fora amplamente divulgada, na zoologia e botânica, para classificar as espécies animais e vegetais.
A raça, como a maioria dos conceitos, tem seu campo semântico e uma dimensão temporal. No latim medieval, o conceito de raça era designado por descendência, a linhagem, ou seja, um grupo de pessoa, na qual comungam a mesma ancestralidade, e que por esse facto, possuem algumas características físicas em identicas. Já em 1684, o francês François Bernier, desenvolveu o termo, para designar a pluralidade da raça humana, em grupos fisicamente contrastados. A partir do século XVI - XVII, o conceito, passa efetivamente a ser utilizada, nas relações sociais de classes na França, utilizada pela nobreza local, que si identificava com os Francos, de origem germânica, em oposição aos Gauleses, identificada com Plebe.
Portanto, não apenas os Francos se consideravam como uma raça distinta dos Gauleses, mais do que isso, eles se consideravam dotados de sangue “puro”, insinuando suas habilidades especiais e aptidões naturais para dirigir, administrar e dominar. Percebe-se como o conceito de raças “puras” foi amplamente transportado da Botânica e da Zoologia, para o campo das relações sociais e humanas, com intuito de legitimar as relações de dominação e de sujeição, entre elas (Nobreza e Plebe), sem que houvesse diferenças morfo-biológicas notáveis, entre os indivíduos pertencentes a ambas as classes.
Por razões lógicas e ideológicas, o racismo é geralmente abordado a partir da raça, dentro de uma gama de possibilidades de relações existentes. Com efeito, as relações entre “raça” e “racismo”, o racismo seria teoricamente uma ideologia essencialista que postula a divisão de raça, em categorias humanas, como em grandes grupos chamados raças contrastadas, que têm características físicas hereditárias comuns, sendo estes últimos suportes das características psicológicas, morais, intelectuais e estéticas, e se situam numa escala de valores desiguais.
Visto deste ponto de vista, o racismo não deixa de ser uma crença na existência das raças naturalmente hierarquizadas, pela relação intrínseca entre o físico e o moral, o físico e o intelecto, o físico e o cultural. O racista cria a raça no sentido sociológico, ou seja, a raça no imaginário do racista, não é exclusivamente um grupo definido, somente pelos traços físicos mas também geográfico, religioso, linguistico e cultural.
Portanto, na teoria racial, o racismo nasce quando caracteristicas biológicas, fora utilizada, como justificativa de legitimação de uma raça em detrimento da outra. A raça é, e infelizmente ainda continua a ser uma invenção, de uma raça para legetimar a dominação. É justamente, o estabelecimento da relação intrínseca entre caracteres biológicos e qualidades morais, psicológicas, intelectuais e culturais que desemboca na hierarquização das chamadas raças em superiores e inferiores.
Comentários