Companhia islandesa, que geria a TACV há um ano, já apresentou ao Governo uma proposta para ficar com 51% da empresa, confirmou esta manhã, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, durante o debate sobre o Estado da Nação que decorre no Parlamento.
“A Icelandair já apresentou proposta para a aquisição de 51% da TACV. TACV vai ser privatizada como previsto”, garantiu o chefe do Governo, para quem, com este passo o seu Executivo conseguiu “salvar a TACV e encontrar um parceiro estratégico para a privatização”, porquanto a companhia islandesa, que cessou no início de Julho o contrato de gestão na transportadora cabo-verdiana, apresentou “uma estratégia ancorada no hub aéreo capaz de viabilizar comercialmente a empresa e de contribuir positivamente para o crescimento económico do país”.
Esta informação do primeiro-ministro, contudo, traz como novidade apenas a formalização da proposta, já que o processo já estava desenhado para terminar desta forma desde o início, como de resto Santiago Magazine avançou há mais de um ano. Para além disso, o vice-primeiro ministro Olavo Correia já havia dito, a meio do processo de reestruturação da companhia cabo-verdiana, que em vez de Cabo Verde pagar 1 mihão de contos à Icelandair para a gestão de um ano da TACV, estava em negociação a entrada da empresa islandesa no capital da TACV, desmentindo o desmentido do ministro José Gonçalves a negar tal cenário.
Santiago Magazine sabe que, efectivamente, a Icelandair não recebeu nada do estado cabo-verdiano, precisamente para poder apresentar a presente proposta em que passa a liderar a TACV com 51% das acções. Esta oficialização da proposta islandesa acontece numa altura em que a Icelandair também acaba de lançar uma oferta para adquirir 49% da companhia aérea açoreana SATA, empresa, aliás, que sempre foi referida como parte do negócio entre a TACV e a Icelandair.
De notar que a vinda do novo Boeing da TACV e de mais dois que estão previstos foram negociados pela Icelandair juntamente com a administração da operadora de bandeira nacional, que inclusive poderá passar a voar outra vez dentro do país com o novo dono.
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