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Alou é a nova marca comercial da CVTelecom. Vai ter de habituar-se a ela e o PCA explica as vantagens
Economia

Alou é a nova marca comercial da CVTelecom. Vai ter de habituar-se a ela e o PCA explica as vantagens

A Cabo Verde Telecom lançou esta sexta-feira, 14, a sua nova marca: Alou ou (Alô, versão em português) para reposicionar a empresa no mercado, como uma operadora digital, com soluções focadas na inovação e mais próximo dos cabo-verdianos. Entrevistamos o PCA, João Domingos Correia, depois  de ouvir as explicações do director de marketing, José Luis Barros.

A ideia, segundo explicou o director de marketing da CVT, José Luis Barros, é ter uma marca que simbolizasse a “alegria e simpatia” dos cabo-verdianos, mas sobretudo o rosto de Cabo Verde e da diáspora.

“Tínhamos um desafio grande que era a convergência das empresas da CV Telecom. Como sabem, tínhamos três empresas e tínhamos de partir para fusão, e com fusão necessariamente tínhamos de ter uma nova marca. E nós quisemos que essa marca fosse cabo-verdiana, daí o nome alô, simples, directo e curto que utilizamos no dia a dia, para várias situações”, explicou.

Segundo José Luís Barros, o azul continua a cor predominante da marca para o segmento empresarial, muito embora foram introduzidas cores quentes do verão como o vermelho que passa a simbolizar o segmento particular e utilizado em todas as comunicações da CVTelecom.

O presidente do conselho de administração, João Domingos Correia, defendeu que é “mais que lançar uma marca”, sublinhando que os cabo-verdianos, pela primeira vez, vão relacionar-se com a empresa com “um contrato único”.

“Vamos trabalhar com duas marcas, uma marca para tudo que é comercial e empresarial, a marca alô, e vamos trabalhar com outra marca para os grossistas, sobretudo a venda nacional e internacional, que é Cabo Verde Word Connect , que vai operar e ter a própria campanha de lançamento nos próximos dias”, adiantou, acrescentando que os consumidores vão começar a sentir os impactos da redução dos custos dos serviços.

O gestor esclarece tudo nesta curta entrevista, feita no fonal do lançamento da marca Alou, esta sexta-feira, 14, na Praia.

Santiagio Magazine - Porquê esta mudança do nome da marca CVTelecom para Alô?

João Domingos Correia – A Cabo Verde Telecom continua, a marca Alô é uma marca comercial. Na realidade , não trocamos de nome da empresa e sim da marca comercial. Nunca tivemos uma marca comercial única. É a primeira vez que lançamos uma marca comercial que representa todos os nossos negócios para todos os nossos serviços, de modo a facilitar a interação entre o cliente e a emresa.  O cliennte chega pede quero um Alô 1, Alô, 2 ou Alô 3 e já sabemos o que ele quer.

Portanto, esta nova marca Alô ou Alou vem representar as três emoresas que tinhamos antes, CV Movel, CV Multimédia e CV Telecom.  

 

-  Quais os custos para esta mudança de nome e sua promoção no mercado até ser assimilada pelos clientes?

- O custo de concepção, o custo de produção e o  custo da divulgação da marca até chegar à mente das pessoas não poderemos, à partida, calcular. Posso dizer que até aqui, já investimos cerca de 40 mil contos para todo o processo.

 

- Creio que fizeram um estudo de viabilidade. Quanto tempo será necessário para as pessoas incutirem Alô como marca CVTelecom?

- Repare, em princípio um conjunto de serviços e produtos já estão associados a esta nova marca, Normalmente, as empresas têm um ciclo de vida em todos os seus serviços. Se não mudar, acaba por morrer. Quando estiver em decaída, temos que levantar, criar coisas novas. Às vezes parece que é pura fantasia, não é. De modo que, trazer esta nova marca, traz novo conceito e novo conceito significa algo diferente oara os clientes.

 

- Mas isso pode ser entendido como uma forma de esconder a CV Multimédia, que é das empresas três da CVT, menos rentável, para não dizer deficitária?
 - A CV Multimédia, onde estão por exemplo os serviços de internet e TV (ZAP), não é uma empresa deficitária, mas de facto não é tão rentável como o serviço móvel. E só não é rentável por causa do serviço da televisão, porque há muita pirataria em Cabo Verde. A internet é rentável. A ZAP Net era rentável, a ZAP  TV que é menos rentável. Oferecemos canais legais, contratatualizados lá fora, porque os conteúdos são protegidos. Mas existem canais e empresas que oferecem linhas de TV por satélite pirata.

 

- Mas isso compete à ARME (Agência Reguladora Multissectorial da Economia) corrigir e fazer aplicar a lei.

- Não é só a ARME, se calhar está-se a desviar as atenções todas para a ARME. Acho que o governo deve chamar todas as autoridades competentes, judicial e policial, para juntos com a ARME criarem uma frente única e fazerem um combate eficiente à pirataria na TV em Cabo Verde. A ARME não tem poder judicial, nem força policial para decidir.

O negócio da televisão é um problema em Cabo Verde e não tem que ver apenas com pirataria. Hoje em dia, o serviço de streaming, que é um negócio quase legal, o cinema, também sofrem.

 

- Quais serão os passos mais seguros que deverão tomar para consolidar e afirmar a marca Alô?

- Neste momento, é apostar numa vasta campanha de informação e divulgação.

 

- Até lá, não acha que a CVT, que lidera o mercado de telecomuicações em Cabo Verde, abre espaço para a Tmais crescer, enquanto gasta tempo a convencer os clientes acerca da nova marca?

- Não acho que é isso que irá acontecer. Estamos habituados a trabalhar com agências etc., pelo que temos tudo programado sobre a forma a manter a nossa liderança no mercado.

 

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SOBRE O AUTOR

Hermínio Silves

Jornalista, repórter, diretor de Santiago Magazine