Jogador cabo-verdiano do Villareal detido por sequestro e porte de arma (video)
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Jogador cabo-verdiano do Villareal detido por sequestro e porte de arma (video)

Ruben Semedo, jogador luso-caboverdeano do Villareal de Espanha, foi detido esta manhã de quinta-feira, 22, a mando de um juiz em Valência. Em causa estão acusações de agressões, sequestro e porte ilegal de arma de fogo. É a sua terceira detenção em apenas quatro meses.

Ruben Semedo foi ouvido esta quinta-feira por um juiz em Valência que decidiu que este deveria permanecer em prisão preventiva. O jogador do Villareal - clube que já foi campeão da Liga espanhola de futebol e mundialmente conhecido por "Submarino Amarelo" - foi detido na madrugada de segunda-feira para interrogatório sob a acusação de agressões, sequestro e porte ilegal de arma de fogo. 

Tudo terá acontecido na casa de Ruben Semedo, num condomínio de luxo em Bétera, onde o jogador (internacional sub-21 por Portugal) dava festas privadas, com várias pessoas a entrarem e a saírem, de acordo com a investigação do jornal Las Provincias. O jornal espanhol conta que a alegada vítima apresentou queixa numa esquadra em Valência dizendo que foi agredido, roubado e impedido de sair da casa pelo jogador e por mais dois homens. 

A vítima diz que os homens lhe roubaram as chaves e que se dirigiram à sua casa para lhe levarem dinheiro e alguns bens que poderiam incriminar o trio — sem, no entanto, a notícia dar conta do que se poderia tratar. Conta ainda a vítima que foram disparados dois tiros como ameaça.

(Vídeo da detenção de Rúben Semedo)

Esta não é a primeira vez que Rúben Semedo, que se transferiu este Verão do Sporting para o Villarreal a troco de 14 milhões de euros, enfrenta problemas com a justiça desde que está em Espanha. Em Dezembro, o jogador foi detido pela Polícia Nacional por ter alegadamente ameaçado um empregado de uma das discotecas mais conhecidas de Valência com uma pistola, na madrugada de 19 de novembro. A denúncia veiculava que, depois de se ter recusado a abandonar o estabelecimento, Semedo teria esperado pela vítima na rua, sacado da pistola que tinha por baixo da camisola e deixado ameaças com a frase “E agora? Chama os seguranças”, assim como terá assegurado que voltaria caso apresentasse queixa pelo que acontecera. O central foi identificado por ter saído do seu Mercedes para abordar o empregado, deixando depois o local no mesmo veículo, e as autoridades pediram uma pena de dois anos de prisão pelo ocorrido pelas graves ameaças, com explica o El Mundo.

Antes, a 29 de outubro, Rúben Semedo já tivera outro episódio de alegada agressão, de novo à saída de uma discoteca. Aí, por volta das seis da manhã, a vítima alega que, sem razão aparente, o jogador se aproximou e começou a agredi-lo, tendo depois sido separado e acalmado pelos amigos que estavam com ele. O ambiente terá ficado totalmente desanuviado e pacífico, os dois grupos voltaram para o interior da discoteca e, uma hora depois, Semedo terá referido à vítima que lhe gostaria de dar uma camisola do Villarreal. Perante a insistência, dirigiram-se para o carro do jogador que, de repente, o terá agredido com uma garrafa que tinha no bolso, como diz o El Español.

De referir que, enquanto representou o Sporting, o jogador teve alguns problemas disciplinares, como um desentendimento num treino com um companheiro, o facto de ter sido apanhado a conduzir sem carta a horas impróprias e ainda ter arremessado a camisola ao chão num jogo após ser expulso, mas nada com esta dimensão. Ainda assim, e na parte final da última época, voltou a ser criticado pelos adeptos verde e brancos.

Na presente temporada, Rúben Semedo cumpriu apenas 321 minutos de jogo, divididos entre quatro jogos na Liga espanhola e um na Liga Europa (curiosamente frente ao Astana, adversário do Sporting nos 16 anos de final). Após ter participado em quatro jogos apenas em dez dias em setembro, o central só voltou a jogar a 10 de dezembro, na receção do Villarreal ao Barcelona, mas voltou a lesionar-se e teve mesmo de ser operado a uma rotura miotendinosa na perna direita. Em condições normais, Semedo deveria voltar a estar apto no próximo mês.

Com Público e Observador

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