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Quarteto Ano Nobo+1 leva composições inéditas do falecido artista ao palco da 10.ª edição do AME
Cultura

Quarteto Ano Nobo+1 leva composições inéditas do falecido artista ao palco da 10.ª edição do AME

O grupo Quarteto Ano Nobo +1, que sobe hoje ao palco da 10.ª edição do Atlantic Music Expo (AME), leva composições inéditas do falecido artista Ano Nobo, tendo como missão preservar o legado deixado na música tradicional cabo-verdiana.

Segundo os elementos da banda, Pascoal e Quim de Nanda, em declarações aos jornalistas durante a conferência “Eventos Sustentáveis: Ambiente, Economia e Sociedade”, a decorrer no Palácio da Cultura, o propósito é trazer algumas das centenas de composições do músico.

Pela relevância e importância do Atlantic Music Expo (AME) na promoção da música de Cabo Verde além-fronteiras, Pascoal e Quim de Nanda consideram “uma honra e responsabilidade” pisar este palco, após várias tentativas.

“Hoje na AME vamos tocar músicas essencialmente compostas por Ano Novo e vamos tocar da forma que tocava, a base de cordas violão, cavaquinho e cimboa, com vozes e coro para trazer o que aprendemos e preservar o legado. Mas do que pequenas actuações queremos dar continuidade ao legado de Ano Nobo” explicitou Quim de Nanda, avançando que o grupo se dedica a elevar o seu património.

Mais do que instrumentista e guitarrista, Quim de Nanda realçou que como um “grande compositor”, Ano Nobo deixou um catálogo de centenas de composições com músicas identitárias como “Badiu de Fora” e “Linda” que serão hoje apresentadas ao público do AME.

O grupo volta novamente ao palco nas actividades culturais e festividades de “Nhu sior du mundo 2024”, realizada do dia 05 a 07 de Abril, no Polivalente e Centro Paroquial de Achada Igreja em São Salvador do Mundo, Picos.

Fulgêncio da Circuncisão Lopes Tavares, nome próprio de Ano Nobo, faleceu aos 71 anos, no dia 14 de Janeiro de 2004, vítima de um ataque cardíaco.

A sua vida de compositor começou por volta dos anos 50, em Achada de Santo António, com a morna “July”, que viria a ser gravada pelo falecido Frank Mimita.

Na mesma altura, compôs a primeira coladeira denominada “Ta Pinga Tchapo-Tchapo”, um êxito interpretado nas vozes de Bana e Ildo Lobo, do conjunto “Os Tubarões”.

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