Morreu a lenda, Jorge Neto
Cultura

Morreu a lenda, Jorge Neto

Morreu esta madrugada, no Hospital Egas Moniz, em Portugal, aos 55 anos, o cantor Jorge Neto, lenda do cabozouk. Neto esteva internado no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, desde o dia 9 de Janeiro, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

A cultura cabo-verdiana acaba de ficar mais pobre por causa do falecimento esta madrugada do cantor Jorge Neto. Ícone dos anos 1990 pelos Livity, Neto foi para muitos o maior artista cabo-verdiano em palco no estilo musical que o celebrizou. Mesmo os seus álbuns a solo, depois da extinção dos Livity, continuaram a agradar ao seu público com o seu timbre vocal único e passos de dança da sua assinatura, que o fizeram ser o melhor de todos em palco.

O artista cabo-verdiano, que residia em Portugal e que fez a carreira na Europa, sobretudo junto da comunidade emigrante de Cabo Verde na Holanda tinha sofrido um AVC, em casa, no dia 30 de Dezembro e estava desde então internado, “em coma profundo”. 

Com base nos dados da equipa médica que acompanhava o cantor, podia "ocorrer a falência de algum órgão vital e isso poderá causar-lhe a morte a qualquer instante”. “Mas será uma morte natural, não induzida, mas todos desejamos e esperamos que isso não venha a acontecer”, dizia o comunicado, com a embaixada de Cabo Verde em Portugal a garantir que estava a acompanhar de perto a família de Jorge Neto, prestando apoio.

Jorge Neto nasceu em São Tomé e Príncipe em 1964, sendo filho de mãe cabo-verdiana. Estudou em Portugal e emigrou depois para a Holanda, país com forte presença da comunidade cabo-verdiana e onde fez sucesso na música, enquanto vocalista da banda Livity.

Depois de 11 anos sem gravar um disco, Jorge Neto lançou em 2016 “Nha Palco”, o seu nono álbum.

Ao longo dos mais de 30 anos de carreira, fez sucesso em vários países, junto da comunidade emigrante cabo-verdiana, na Europa, África e América.

Santiago Magazine endereça à família do cantor e aos fâs de Jorge Neto em tido o mundo as mais sentidas condolências. Obrigado, Jorge. Um grande wauuuu!

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