O Festival Grito Rock Praia’2024 foi encerrado a escassos minutos das 00:00 na Pracinha (Plateau), num clima de muita festa e empatia entre os festivaleiros e os músicos da banda portuguesa Serrabulho que inundou o palco com crianças.
A oitava edição do Grito Rock Praia, segundo previa a organização, contou com a actuação de quatro bandas, sendo que, a anteceder o quarteto “Serrabulho”, proveniente da Vila Real (Norte de Portugal), que apresentou uma nova roupagem de “rock In rol”, actuaram as bandas The Sourse (Cabo Verde), Viralata (Portugal) e Archipels (Cabo Verde).
Neste que foi referenciado como o ponto alto da edição 2024 do certame, que decorreu durante os três dias dedicados ao Grito Rock, a organização voltou a aproveitar a ocasião para fazer passar mensagens viradas para a protecção e preservação do ambiente.
Nesta linha, diversas ONG cabo-verdianas ligadas ao meio ambiente fizeram-se representar no palco pelos seus líderes, com mensagens alusivas ao ambiente, iniciativas prontamente ovacionadas pelos presentes deste festival que regressou ao palco depois de um interregno de quatro anos.
Um dos momentos marcantes do “Festival GRP24” foi, sem dúvida, a homenagem ao músico e professor Tó Tavares, em reconhecimento pelo contributo que tem dado em prol da educação e da música em Cabo Verde, tendo sido presenteado com um grande violão.
Artistas da nova geração da música cabo-verdiana como Djodje, Sara Alhinho e muitos outros, lançados no mundo da música por Tó Tavares, apresentaram os seus testemunhos à figura do laureado e não faltaram adjectivos da nova “fornalha” de alunos da Escola de Música Pentagrama, fundado pelo mesmo, para elogiar o mentor.
Ainda no que se refere à actuação, a plateia mostrou-se rendida à exibição de todas as bandas, mas chamou a atenção e muito particular, o concerto da banda cabo-verdiana The Sourses, uma vez que mostrou os seus dotes no rocks clássicos como “Hotel Califórnia”, dos Gips Kings, formada nos finais da década de 70 na França.
É que deste grupo, The Sourses, destacou a mascote do Festival, o jovem guitarrista, Evanilson Lima, 15 anos, estudante do 10º ano do Liceu Domingos Ramos, por sinal filho do líder desta banda que não só mostrou a destreza como domina a guitarra para fazer o som do “rock in rol”.
Afora a destreza como interpretaram este clássico do grupo musical composto por ciganos que tocam rumba flamenca, num estilo musical variante do flamenco tradicional, Evanilson mostrou os seus dotes vocais como vocalista, interpretando inclusive, uma composição da sua própria autoria.
Em declarações aos jornalistas, Evanilson Lima manifestou o seu encanto em participar num evento desta natureza, revelando que, apesar da admiração do público, sentiu algum nervosismo, mas que ganhou mais coragem com os aplausos da plateia.
De resto não faltaram vibração e muita movimentação ao longo dos cerca de seis horas deste festival, assinaladas por uma grande movimentação extensivas aos quiosques de comes e bebes e “stands” promocionais dos produtos de “rock”, com a organização a atribuir nota positiva ao evento, realizado num clima de muita disciplina e entusiasmo.
De salientar que durante as sete edições anteriores passaram pelo palco do Grito Rock Praia mais de 50 bandas de músicas alternativas, entre cabo-verdianos e de outros países como Portugal, Brasil, Angola, Espanha/Canárias, Alemanha, Equador e Marrocos.
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