Cultura

“Nós não sabemos. Vamos fazendo aqui o festival enquanto for possível. Não há nenhuma construção que tenha surgido dentro daquela área. Sabemos que o espaço foi vendido e, aliás, nós perdemos um processo em relação ao terreno nos tribunais, que vinha de 2008”, disse o autarca praiense quando questionado pela Inforpress se era esta a última edição do festival no lugar que o viu nascer e deu o nome.

Entretanto, em relação à edição deste ano, Francisco Carvalho destacou a grande participação do público, bem como a qualidade e a diversidade dos artistas que, segundo disse, abrilhantaram uma “montra invejável” de música da cultura de Cabo Verde e não só.

“Podemos dizer que estamos a fazer um festival sustentável, conseguimos um marco histórico em termos de patrocinadores que custearam o evento em cerca de 70%. O que significa que temos vários parceiros, várias empresas que acreditam neste projecto e que estão a aderir”, acrescentou.

O segundo dia do Festival da Gamboa, que começou mais cedo do que no primeiro dia, terminou por volta das 8:30 de hoje com a actuação di Fidjus di Code di Dona, na presença de um público que não arredou pé do recinto até o último minuto e classificou positivamente esta edição.

“Vim durante os dois dias e gostei muito. A Câmara Municipal da Praia está de parabéns pela organização, escolha dos artistas e tudo”, disse à Inforpress uma conviva que se identificou como Sónia.

Mesma opinião tiveram vários outros presentes que, quando instados a comentar esta edição responderam: “Está um bom festival”.

Neste segundo e último dia passaram pelo palco artistas como Trakinus, Ferro Gaita, Kinzim, Ruben Teixeira, Wet Bed Gang, MC Acondizé, Tony Fika, Big Z, Grace Évora, Dynamo e Leydy Indira.

O dia ficou marcado por algumas desordens protagonizadas por grupos de jovens delinquentes, que resultou no encaminhamento de algumas pessoas para o hospital, com vários tipos de ferimentos.

Esta que foi a 29ª edição do Festival da Gamboa teve como lema “Djuntu na tradison y modernidade” e homenageou o carismático intérprete e ex-vocalista do Bulimundo Zé Mário, que inclusive fazia parte do cartaz do evento, mas que acabou por falecer no dia 09 deste mês.

Entretanto, depois da publicação desta peça, a Inforpress tomou conhecimento de um ‘post’ do Presidente da República na rede social ‘Facebook’, posicionando-se em defesa da deslocalização desse festival.