A operadora móvel Unitel T+ lança, este sábado, durante a oitava edição da gala dos CVMA, a primeira “app” da música inteiramente cabo-verdiana, virada para dar uma abrangência maior aos artistas que passarão a ser pago pelos direitos autorais.
Esta revelação foi feita esta manhã em conferência de imprensa de lançamento dos Cabo Verde Music Awards’2018 (CVMA), pela directora comercial desta operadora, Ercia Paim, elucidando que o “app” vem fortalecer os artistas na luta contra a pirataria.
Considera que, doravante “com o lançamento de uma música ela fica difundida para o território cabo-verdiano e chega ao maior número de pessoas” e com a segurança que se exige.
Criada pela plataforma crioula Bonako, o “app” foi anunciado como um meio seguro para ajudar os artistas cabo-verdianos na arrecadação pelos seus direitos autorais, pela criação das suas obras através dos direitos autorais, junto da Sociedade Cabo-verdiana de Música, mediante aplicação “Muska”, disponíveis em plataformas iOS, Apple history e Google Play para todos os clientes cabo-verdianos, independentemente das operadoras móveis.
“A música faz parte do DNA da Unitel”, assegura Paim, acrescentando que a operadora encontra nos CVMA o momento alto do ano, para premiar o que de melhor se faz da música, num país que dela vice.
A Muska, segundo o apresentador do projecto, abraça este lançamento como um dos “grandes desafios” da nova tecnologia nesta onda da democratização da música, que permite projectar a música cabo-verdiana para um vasto público através de plataformas internacionais.
“O Muska inicialmente era para ser apenas um player de música e uma rede social, mas rapidamente percebemos que tinha de ser muito mais do que isso. O Muska tinha que invocar os valores do cabo-verdiano para o mundo”, atesta os inovadores, alegando que pretendem ter uma presença muito grande, tanto em Cabo Verde como também em África lusófona.
A MUSKA, distribuição digital, já com contrato firmado com a Ocha, considerada uma das maiores empresas mundiais da música, passa a zelar pelo pagamento dos direitos de autor e direitos conexos aos compositores e artistas cabo-verdianos integrados nesta plataforma.
Os artistas nacionais foram incentivados a pensar na distribuição dos trabalhos digitais, com o argumento que com o “streaming” esta empresa cabo-verdiana tem a possibilidade de controlar todas as músicas tocadas nos seus aplicativos, pois que permite aumentar o nível de rendimento dos artistas.
É que a indústria digital oferece maior possibilidade de expansão para o artista, sendo que através da Sociedade Cabo-verdiana de Música, instituição vocacionada para salvaguardar o interesse dos autores das músicas, possibilita um maior aumento de rendimento aos artistas.
Esta jovem empresa tem grandes ambições, que passam, necessariamente pelo respeito das leis e da criatividade, para fugir à pirataria, dentro do quadro legal, já que a plataforma Muska trabalha conteúdos locais para atingir o mercado africano no quadro de um acordo com Ocha que dá o acesso a 10 milhões de músicas mundiais.
A nível interno tem um protocolo com a Harmonia e outras distribuidoras nacionais, no sentido de criar condições para a promoção da música cabo-verdiana com vista a responder à demanda africana, uma vez que este sistema tem vantagem, com um sistema inteligente, que consegue colocar as músicas do país em primeiro lugar”.
A plataforma Muska tem um BackOffice que regista absolutamente todas as músicas tocadas e que proporciona que no final do mês consigam fazer o balanço para que a Sociedade Cabo-verdiana de Música possa receber a sua quota-parte para distribuição a nível dos artistas, de forma a permitir aos autores viverem melhor com a sua criatividade.
Com Inforpress
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